Banco divulgou comunicado logo após reunião entre bancários e a Fenaban para discutir a pandemia; Movimento sindical cobra bom senso, afastamento de grupos de risco e contingenciamento/revezamento nos locais de trabalho
O Banco do Brasil divulgou nesta segunda-feira, 16, um comunicado aos funcionários, logo após a reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban para discutir o coronavírus, com 10 medidas adotadas para o enfrentamento da pandemia. O texto fala em home office apenas “de acordo com a criticidade do processo e natureza do trabalho para os grupos de risco nos estados onde há transmissão comunitária” e “priorizar, nas praças com transmissão comunitária do vírus, o atendimento ao público por funcionários que não integram o grupo de risco (grávidas, pessoas acima de 60 anos, diabéticos, pessoas em tratamento de câncer e doenças cardiovasculares)”, mas as medidas são consideradas insuficientes.
Diante da crise e da gravidade da pandemia, as medidas que o BB resolveu adotar são insuficientes e acatam mais as recomendações da Fenaban do que as enviadas pelo fórum tático dos estados ao grupo de gestão de crise criado pelo banco para discutir ações contra o coronavírus. O movimento sindical cobra afastamento imediato do trabalho de grupos de risco, de qualquer localidade, como também o contingenciamento e o rodízio nos locais de trabalho. Este último pode ser aplicado em escritórios digitais do banco, por exemplo.
Além disso, o mais sensato neste momento seria a flexibilização da jornada de trabalho, com possível redução dela, e a reorganização do fluxo de agências para evitar grandes aglomerações de clientes e funcionários, o que poderia perfeitamente ser feito pelos gerentes de varejo de bom senso.
Todavia, há casos absurdos e na contramão do minimamente razoável, como o do Cenop Imobiliário, onde duas equipes revezam e uma delas entra no trabalho às 7h, justamente no horário de pico e maior fluxo de pessoas, enquanto a outra inicia as atividades às 13h.
Fonte: Seeb SP