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Coronavírus: cuidados são necessários, mas não é caso para pânico

29 de janeiro de 2020

Médico infectologista relaciona orientações internacionais sobre a nova mutação vírus surgida na China, ressaltando que cuidados necessários são semelhantes aos da gripe

“(O novo coronavírus) É preocupante, com certeza. As autoridades internacionais têm de prestar atenção, desenvolver ações de vigilância, mas não é tempo de se desesperar”, avalia o infectologista e diretor do Sindicato dos Médicos de São Paulo Gerson Salvador.

 

A nova mutação do coronavírus, surgido na cidade chinesa de Wuhan, tem grande capacidade de contaminação e se tornou notícia no mundo todo, trazendo preocupação à população. Até o momento, foram confirmados 4.515 casos da doença na China, com 106 mortos (números atualizados em 28 de janeiro). Outros países registraram casos do Coronavírus, mas sem registro de mortes.

 

Gerson lembrou que outros coronavírus já tiveram proliferações importante como agora, com grande mobilização mundial, mas não resultaram em uma grave crise global de saúde. Em 2002, a Sars – gripe aviária – se disseminou a partir da China, teve pouco mais de 8 mil casos confirmados e causou 774 mortes ao redor do mundo.

 

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Já em 2012, a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers, na sigla em inglês), que surgiu a partir da Arábia Saudita, causou 858 mortes. “Oitocentas pessoas é o que a gripe comum mata em um dia de inverno”, ressaltou, sem ignorar que ainda é cedo para dizer como a epidemia vai se comportar.

 

O médico destacou que as principais medidas de prevenção são manter a higiene, lavar as mãos, evitar colocar a mão na boca, nos olhos, coçar o nariz, como no caso da gripe comum. E que as pessoas que apresentam maior risco são os grupos que também devem se prevenir de gripes e resfriados, como idosos, gestantes, pessoas transplantadas ou com câncer.

 

“É a mesma população que a priori, pelos dados iniciais, também têm predisposição para ter quadros mais graves pelo Coronavírus”, explicou.

 

No Brasil, o Ministério da Saúde está realizando apenas o controle de notificações de casos. Pessoas com febre e sintomas respiratórios, que tenham visitado as regiões afetadas ou tenham tido contato com uma pessoa contaminada pelo coronavírus, devem procurar uma unidade de saúde.

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também monitora a situação, mas não houve nenhum decreto de emergência por conta do coronavírus. Representantes da OMS vão visitar a China, que proibiu viagens turísticas para as regiões mais atingidas pela epidemia.

 

Na maioria dos casos, o coronavírus causa sintomas semelhantes aos de um resfriado ou uma gripe. Parte dos casos não desenvolve sintomas. Em pessoas que fazem parte dos grupos de risco, a doença pode evoluir para pneumonia e outras complicações respiratórias. Gerson compilou orientações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, sobre o coronavírus:

 

• Coronavírus são conhecidos desde a década de 1960, eles têm esse nome devido ao seu aspecto que lembra uma coroa, visto em microscópio;

 

• A transmissão ocorre entre diversos animais. Eventualmente pode haver transmissão de animais para humanos, a depender da mudança no material genético do vírus (RNA);

 

• Até hoje 7 diferentes tipos de coronavírus foram confirmados como causa de infecções em seres humanos. A maioria das pessoas tem infecções por coronavírus na infância e a apresentação mais frequente lembra um resfriado simples ou uma gripe;

 

• Houve duas epidemias de impacto global por coronavírus, a Sars a partir de 2002 que se disseminou a partir da China, teve pouco mais de 8000 casos confirmados e causou 774 mortes ao redor do mundo. A Mers, que surgiu a partir da Arábia Saudita em 2012, e causou 858 mortes;

 

• O surto do novo coronavírus na China é certamente um problema de saúde pública, mas não deve ser motivo para desespero. Lembremos que o vírus da gripe, que se transmite de forma semelhante, mata anualmente de 290 mil a 640 mil pessoas por ano;

 

• Não há nenhum tratamento específico, como um antiviral, eficiente para coronavírus. Os pacientes recebem tratamentos sintomáticos. Nos casos graves, suporte com oferta de oxigênio e eventualmente cuidados intensivos;

 

• Não há vacina disponível;

 

• A transmissão pode se dar por contato com os animais infectados e, no caso do novo coronavírus, pode ser transmitida de pessoa a pessoa a partir de secreções respiratórias;

 

• A prevenção é semelhante a outras doenças de transmissão respiratória: lavar as mãos com frequência, evitar colocar as mãos nos olhos, nariz e boca, cobrir a boca ao tossir, ajuda a evitar a infecção;

 

• O surto atual causou 81 mortes confirmadas até agora. Os casos se concentram na China e países vizinhos. Até esse momento, houve apenas dois casos nas Américas, divulgados nos dias 21 e 24, nos Estados Unidos.

 

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Fonte: Rede Brasil Atual com edição da Afubesp

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