Consumidores vão pagar mais de R$ 30 bilhões a fundo do setor elétrico. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o aumento médio deve ser de 4,65%, enquanto no Norte e Nordeste deve ser de 2,41%
A conta de luz pode ficar até 4,65% mais cara para alguns consumidores brasileiros. Isso acontece porque Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, ontem terça-feira (26), o orçamento de 2022 da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que prevê que R$ 30,219 bilhões dos R$ 32,096 bilhões serão pagos pelos consumidores na conta de energia elétrica.
O valor que será pago pelos consumidores teve alta de 54,3% em comparação com 2021 (R$ 19,581 bilhões). A Aneel estima que a conta de luz deve subir, em média, 3,39%.
O orçamento deste ano é o maior desde 2003, quando a CDE foi implementada, e 34,2% maior que o do ano passado. Dos R$ 32,096 bilhões previstos para a CDE neste ano, 94% serão pagos pelos consumidores em um acréscimo na conta de luz e 6% (R$ 1,877 bilhão) serão pagos por outras receitas, como multas e recursos de programas de pesquisa, desenvolvimento e eficiência energética.
A CDE foi criada para permitir a existência de subsídios concedidos pelo governo no setor de energia como, por exemplo, a garantia da universalização do serviço de energia elétrica em todo o país e a concessão de descontos tarifários a pessoas de baixa renda e de zonas rurais.
Conta de luz mais cara
De acordo com a Aneel, o orçamento deve deixar a conta de luz cerca de 3,39% mais cara. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o aumento médio deve ser de 4,65%, enquanto no Norte e Nordeste deve ser de 2,41%.
O aumento do orçamento deste ano foi impactado pelo aumento no preço dos combustíveis e pelo cadastro automático da tarifa social de energia. Dos mais de R$ 32 bilhões, R$ 12 bilhões serão destinados à Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), subsídio para a produção de energia termelétrica em regiões que não são interligadas com o sistema elétrico nacional, como Roraima. Normalmente, as usinas utilizam gás natural ou diesel, o que justifica o aumento dos gastos.
Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Fonte: Brasil Econômico