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Concentração de renda: Uma batalha ainda não vencida

18 de dezembro de 2014

Os 10% mais ricos concentram 42% da renda no Brasil enquanto os 10% mais pobres detém apenas 1,2% da renda total

O Brasil convive ainda com uma alta concentração de renda, ao ponto de 42% de toda a renda nacional está nas mãos de apenas 10% da parcela mais rica da população. Em contrapartida, os 10% mais pobres detém apenas 1,2% da renda total. Os dados foram divulgados nesta quinta (17) pela pesquisa Síntese de Indicadores Sociais 2014, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A pesquisa destaca ainda que em 2013, a maioria absoluta dos 10% mais pobres (76% deles) era negra ou parda e 24% brancos. Já no 1% da população com maiores rendimentos o quadro se inverte. Em 2013, 14,6% dos mais ricos eram negros ou pardos, contra 83,6% de brancos. Em 2004, esse 1% era composto por ainda menos negros ou pardos, com 12,5% de participação. Um quadro praticamente estático.

A mudança mais significativa foi em relação à renda dos programas sociais destinados às famílias mais pobres. O levantamento apontou que a renda de programas sociais passou de 20,3% do rendimento mensal familiar em 2004 para 37,5% em 2013, considerando as famílias cuja renda mensal familiar per capita e de até 1/4 de salário mínimo.

É fato que houve uma relativa redução da desigualdade, em especial no período 2000-2010, quando o país foi favorecido pelo boom de commodities e aumento das exportações, com o fortalecimento do mercado interno, o crescimento da renda média da população, os incentivos ao consumo das famílias e a expansão do crédito. Mas tal redução se deu de forma ainda muito lenta e insuficiente, tendo em vista a gigantesca desigualdade social que ainda persiste no país. 

Além disso, o país continua sem presenciar a realização de reformas estruturais cujos impactos na redução da desigualdade de renda e da propriedade seriam muito maiores, a exemplo da reforma tributária (de caráter progressivo) e da reforma agrária. Neste sentido, as principais ferramentas de combate a desigualdade social continuam restritas as políticas compensatórias – necessárias, mas insuficientes.

Temos ainda um longo caminho para percorrer no combate a desigualdade no Brasil. Mas o tempo para este trajeto poderia ter sido significativamente reduzido se os governos eleitos após o fim da ditadura tivessem evitado que a renda e a riqueza nacional continuassem concentradas nas mãos de um punhado de famílias privilegiadas, chefiadas por banqueiros, latifundiários e os donos da mídia.

Fonte: Mandato Ivan Valente – PSOL/SP

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