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Coletivo dos Financiários define pauta de negociações para a Campanha Nacional

12 de maio de 2020

Minuta deve ser submetida à avaliação e aprovação da categoria em assembleia

O Coletivo Nacional de Financiários se reuniu, na última quinta-feira (7), para debater os pontos que deverão constar na Minuta de Reivindicações, referente ao período de 1º de junho de 2020 a 31 de Maio de 2022, para posteriormente ser submetida à avaliação e aprovação da categoria em assembleia.

 

Entre os principais pontos está a renovação, pelo período de dois anos, de todas as cláusulas da atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), além da assinatura de um termo de compromisso para a prorrogação das cláusulas econômicas até setembro de 2020, com discussão futura sobre a aplicação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) sobre os valores da CCT vigente, retroativo a 1 de junho do mesmo ano. Além de aumento acima da inflação para igual período e o pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para os exercícios de 2020 e 2021.

 

Coronavírus

O documento reivindica ainda a vacina contra a gripe H1N1 aos empregados e seus dependentes ou ainda reembolsar as despesas com a vacinação nos exercícios 2020 e 2021. Durante a pandemia, os representantes dos trabalhadores cobram ainda a garantia de emprego durante o período de calamidade pública (31.12.2020) e, por 180 (cento e oitenta) dias, após o restabelecimento das atividades ou indenização adicional. a garantia e compromisso de negociação com os sindicatos antes da implementação de medidas; Suspensão e/ou redução de metas durante o período; Preservação da saúde dos empregados, mantendo-os em isolamento, em cumprimentos às recomendações da OMS; a garantia do trabalho em home office para a maioria do quadro funcional, principalmente àqueles que pertencem ao grupo de risco; fornecendo equipamentos, estruturas e ajudas financeiras para viabilizar essas atividades; o cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho, além da garantia de um ambiente de trabalho salubre, desinfetado e seguro, àqueles que precisarão comparecer aos locais e atender ao público; o fornecimento dos equipamentos de EPI,s, além de materiais de higiene e segurança, como máscaras, luvas e tudo o que for necessário para zelar pela saúde e evitar contaminação.

 

Violência contra a mulher

Uma novidade do documento é a inclusão do debate sobre o combate à violência contra a mulher e a criação de protocolo, nos mesmos termos, do instrumento firmado via Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para constar como CCT aditiva.

 

A preocupação em relação aos elevados números de violência contra a mulher, que se manifesta de várias maneiras, através de agressão física, sexual, moral, patrimonial, psicológica e até mesmo virtual. De acordo com o Atlas da Violência 2019 elaborado pelo IPEA e Fórum Nacional de Segurança Pública, 13 mulheres são assassinadas por dia, no Brasil, uma média de duas por hora.

 

A norma coletiva será destinada às mulheres financiárias que necessitarem de ajuda, para superar situações de violência doméstica e familiar, visando romper o ciclo dessa violência.

 

Que, do mesmo modo que o Setor Bancário foi pioneiro ao firmar a primeira norma coletiva do País, dedicada exclusivamente ao tema, a Categoria dos Financiários também requer a adoção das mesmas medidas protetivas às mulheres vítimas da violência doméstica

 

>>> Financiário: responda pesquisa sobre condições de trabalho na pandemia

Fonte: Contraf – 11/05/2020

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