Índio, da Intersindical, reforçou o pedido de apoio à luta dos movimentos sociais
O Secretário Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Steiner, recebeu nesta quarta-feira, 5, representantes dos movimentos que estão em luta contra o desmonte da previdência e dos direitos trabalhistas. Participaram da reunião CUT, MTST, INTERSINDICAL e CTB. Edson Carneiro Índio, Secretário Geral da Intersindical representou a Central.
D. Leonardo reafirmou a posição da CNBB sobre a reforma da previdência, conforme nota já divulgada, e manifestou preocupação com os possíveis efeitos da terceirização e da reforma trabalhista. O bispo ressaltou, também, profunda preocupação com a situação dos povos indígenas que estão sofrendo grande ataque dos setores interessados em abocanhar as terras indígenas. D. Leonardo disse, também, que o documento da CNBB sobre a previdência está sendo debatido nas comunidades, incentivando a reflexão e o debate, pois a grande mídia só expressa visões favoráveis às medidas do governo.
Os dirigentes das centrais e do MTST falaram das mobilizações, como a greve geral convocada para 28 de abril, e das iniciativas de diálogo com a população esclarecendo o significado do desmonte dos direitos garantidos pela Constituição Federal e pediram apoio da igreja nesse processo.
Vagner Freitas, presidente da CUT, iniciou as falas dos trabalhadores pedindo apoio da igreja à greve geral. Paulo Vinicio, da CTB, ressaltou a importância da democracia para o povo brasileiro encontrar as saídas desses retrocessos. Vítor Guimarães, dirigente do MTST, tratou da unidade das Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular na resistência ao desmonte promovido pelo golpe. Índio, da Intersindical, ressaltou a capilaridade da igreja, reforçou o pedido de apoio à luta dos movimentos e lembrou da importância de ampliar o debate com a população sobre a terceirização, pois os efeitos da medida ainda são pouco conhecidos da maioria da sociedade.
O encontro aconteceu na sede da CNBB, em Brasília, e reforçou o ânimo dos movimentos para as batalhas que estão por vir.
Fonte: Intersindical – Central da Classe Trabalhadora