Com base na cesta de São Paulo, o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.657,66
A Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada nesta quarta-feira, 6, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revela que a cesta básica de São Paulo foi a mais cara do País no mês de setembro. Na capital paulista, o custo médio dos produtos básicos somou R$ 673,45.
O Dieese analisou 17 capitais brasileiras. Em 11 delas, o custo médio da cesta básica no mês de setembro ficou mais alto do que o valor de agosto. Nos primeiros nove meses do ano, 16 capitais acumularam alta, com taxas entre 0,19% em Aracaju, e 13,05% em Curitiba.
Quando o estudo compara o custo entre setembro de 2020 e setembro de 2021, São Paulo continua entre as quatro capitais com o maior aumento do preço do alimentos básicos (19,54%).
Cesta básica x salário mínimo
Com base na cesta de São Paulo, o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.657,66. O valor corresponde a 5,14 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00.
O cálculo para se chegar a esse montante leva em em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.
Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido – após o desconto referente à Previdência Social -, o trabalhador que ganha o piso nacional comprometeu cerca de 56,53% do seu salário com alimentos básicos. Esse percentual é para alimentar somente uma pessoa adulta.
Fonte: Reconta ai
Escrito por: Tarsila Braga