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Centrais farão 1º de maio unificado no Pacaembu

13 de abril de 2022

Dirigentes foram em Brasília para apresentar as agendas dos trabalhadores ao Legislativo e Judiciário. A pauta unificada, aprovada no Conclat (segunda-feira, 11), será encaminhada aos candidatos à presidência e Congresso compromissados com a classe trabalhadora e seus direitos

Pelo quarto ano consecutivo, as centrais sindicais farão ato unificado neste 1º de Maio. O evento será na Praça Charles Miller, em São Paulo, em frente ao Estádio do Pacaembu, a partir das 10 horas. Com o lema Emprego, Direitos, Democracia e Vida, será o primeiro ato público presencial promovido pela data, após dois anos no formato virtual, em razão da pandemia. Participam da organização do evento a Intersindical Central da Classe Trabalhadora, CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, CSP Conlutas, Intersindical IL e Pública.

 

Daniela Mercury, Dexter e Lecy Brandão estão entre os artistas confirmados para celebrar o Dia do Trabalhador. O evento contará com a presença de representantes de diversos movimentos sociais e políticos alinhados com as pautas dos trabalhadores.

 

Além de consolidar a unidade das centrais, o ato será um importante momento de fortalecer a luta pela valorização dos direitos, de acordo com os dirigentes. Além disso, esperar unir as vozes das representações da classe trabalhadora, que está sofrendo com a volta de inflação, em especial dos alimentos e dos combustíveis.

 

Em Brasília

Os dirigentes estiveram em Brasília para apresentar as Agendas das Centrais Sindicais para o Legislativo e o Judiciário na terça-feira (12). Depois de uma cerimônia durante a manhã, encontraram os presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Emmanoel Pereira. Uma audiência com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), também deve ocorrer.

 

segunda-feira (11), as centrais fizeram a primeira exposição da pauta dos trabalhadores na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado.

 

Na ocasião, o secretário geral da Intersindical, Edson Carneiro Índio, conclamou aos trabalhadores que votem em candidatos que assumam a pauta da classe. “A população está sofrendo com o desemprego, as humilhações de não poder dar dignidade aos familiares. A fome atinge a todos e a situação é dramática como nunca visto nas áreas urbanas. Quando o trabalhador consegue algum dinheiro para comprar comida foi através de um bico. É inaceitável que essa situação prossiga”, disse.

 

Ainda conforme Índio, estamos num momento de trocar a Presidência e o Congresso Nacional que tentam a todo o momento emplacar projetos para piorar a vida das pessoas. “Precisamos retirar o teto de gastos, porque o que garante empregos é investimeto público. Precisamos acabar com o sistema de privatizações e valorizar nossas empresas públicas como os Correios, Petrobras, Eletrobras, os bancos públicos. É possível reindustrializar o País fortalecendo o Estado. Precisamos reverter a Reforma Trabalhista e garantir o direito ao trabalho digno”, enfatizou Índio.

 

O senador Paulo Paim (PT-RS) classificou a apresentação do documento como um momento “histórico”. Segundo o parlamentar, trata-se de “uma importante ferramenta para que o movimento sindical e nós mesmos, aqui dentro do Parlamento, possamos nos organizar para combater as ameaças contidas em outros projetos”.

 

As agendas

A Agenda Legislativa é composta por medidas e projetos, que visam ao fortalecimento do emprego e da renda para a classe trabalhadora. Também há posicionamentos contrários a projetos que tramitam no Congresso e que precarizam as relações de trabalho. Por exemplo, a chamada carteira verde e amarela.

 

As centrais também marcam posição em relação a temas como o racismo estrutural, o avanço do desmatamento, a liberação de agrotóxicos, a violência e ocupação de terras indígenas, a exploração do trabalho infantil, a igualdade salarial entre homens e mulheres, o combate à violência de gênero e a LGBTfobia, dentre outros.

 

Da mesma forma, a Agenda Jurídica organiza os temas relevantes em matérias de direito social do trabalho que estão em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). Entre as ações de interesse dos trabalhadores estão, por exemplo, a correção dos depósitos nas contas vinculadas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pela Taxa Referencial (TR), e a derrubada dos chamados honorários de sucumbência. Isso porque, após a “reforma” trabalhista, quando o trabalhador perde uma causa, é obrigado a arcar com as custas do processo.

Fonte: Rede Brasil Atual
Escrito por: Tiago Pereira com edição da Comunicação do SEEB de Santos e Região

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