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Categoria bancária entrega reivindicações à Fenaban

24 de julho de 2020

Todos os bancos participaram da entrega da minuta de reivindicações dos bancários, com exceção da Caixa Econômica Federal. Exigimos a unificação e respeito a todos os bancários nacionalmente. É importante uma Convenção Coletiva de Trabalho válida em todo o Brasil. Sem distorções, sem desigualdades para todos os bancários de norte a sul

O Comando Nacional dos Bancários entregou, quinta-feira (23), a minuta com as reivindicações da categoria bancária para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Todos os bancos participaram da entrega, com exceção da Caixa Econômica Federal. Quando questionada pelo Comando, a Federação informou que houve uma limitação na agenda dos representantes do banco. O Comando vai solicitar uma reunião com a Caixa para a entrega da minuta especifica com reivindicações dos empregados do banco. A entrega da minuta do BB está agendada para semana que vem.

 

“É fundamental a mesa única de negociação, que construímos desde 2003. Exigimos a unificação e respeito a todos os bancários nacionalmente. É importante uma Convenção Coletiva de Trabalho válida em todo o Brasil. Sem distorções, sem desigualdades para todos os bancários de norte a sul. Em outros tempos, quando os bancos públicos sentavam-se para negociar fora da mesa da Fenaban, as perdas salariais dos funcionários do BB e Caixa foram escorchantes. Por isso, é imprescindível a mobilização de todos em defesa da mesa unificada”, diz Ricardo Saraiva Big, presidente em exercício do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e secretário de Relações Internacionais da Intersindical Central da Classe Trabalhadora.

 

Entre as prioridades apontadas na pauta estão:

1. Manutenção dos direitos adquiridos, defesa do emprego, defesa da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) válida para toda a categoria (independentemente do nível salarial);

 

2. Aumento de 5% + o índice da inflação;

 

3. Mesa única de negociação com os bancos (com bancos públicos e privados) e a defesa dos bancos públicos;

 

4. PLR de três salários mais parcela fixa de R$ 10.742,91;

 

5. Possibilidade de sindicalização eletrônica;

 

6. Cláusula nova garantindo direitos e condições de trabalho para a realização do home office.

 

“A campanha será toda virtual este ano, em função do isolamento social. Os bancários devem ficar atentos aos comunicados do Sindicato e se mobilizarem nas mídias sociais por usas reivindicações. Foi assim que tivemos sucesso e agilidade para reivindicar o home office, garantir os empregosFizemos a consulta, realizamos nossos Congressos Estaduais e Conferência Nacional e como sempre faremos uma campanha forte e combativa”, afirma Big.

 

A definição da pauta final de negociação começou no início do mês de junho, com a consulta aos bancários e os debates nas conferências estaduais. Durante a 22ª Conferência Nacional, em São Paulo, cerca de 635 delegados que representam trabalhadores de bancos públicos e privados de todo o país definiram os itens para a Campanha Nacional Unificada 2020.

 

Consulta Nacional

Aumento salarial, manutenção dos direitos nos acordos, melhores condições de trabalho e defesa da saúde estão entre as prioridades apontadas pela categoria bancária na Consulta Nacional, que serviu de base para a definição da pauta de reivindicações. A consulta foi realizada com quase 30 mil trabalhadores.

 

As prioridades nas cláusulas econômicas destacadas na consulta são:

 

· Aumento salarial, opinião de 71% dos entrevistados;

 

· Garantia do Plano de Cargos e Salários (PCS), 37,8%;

 

· Aumento da PLR (participação nos Lucros e Resultados), 30,6% das respostas;

 

· Aumento do piso,  30,2%.

 

Nas cláusulas sociais, a resposta mais frequente foi:

 

· Manutenção dos direitos, com 79,7% das respostas;

 

· Em seguida com 69,1%, defesa da saúde e melhores condições de trabalho;

 

· Defesa do emprego obteve 21,7% ;

 

· Combate ao assédio moral, outros 8%;

 

· Igualdade de oportunidades registrou 6,4% das respostas;

 

· Reposição dos custos do teletrabalho 3,4%;

 

· Previdência complementar teve 2,9%;

 

· Defesa dos bancos públicos, contra a privatização dessas instituições, é considerada muito importante para 78,9% dos entrevistados;

 

· A defesa da saúde também é prioridade entre os bancários. Quando se questiona qual o impacto da cobrança excessiva pelo cumprimento das metas, mais da metade dos entrevistados respondeu que era o cansaço e a fadiga constante (54,1%).

 

Pesquisa Home Office

Em consulta realizada com mais de 11 mil bancários de todo Brasil ficou claro que a categoria vem enfrentando muitas dificuldades com o trabalho em home office. Apenas 19,2% dos bancários possui em sua residência um escritório para realizar o trabalho, sendo que os demais realizam o trabalho de forma improvisada, no quarto, na sala ou até mesmo na cozinha. Além da falta de estrutura de trabalho, os bancários informaram que suas contas de consumo aumentaram durante o home office, e para as mulheres e as pessoas com filhos em idade escolar têm sido mais difícil conciliar o trabalho em casa com afazeres domésticos e a relação com familiares.

 

“Os bancários da Intersindical realizaram várias videoconferências com a participação de juízes do trabalho e outras autoridades para discutir cláusulas na regulação do trabalho home office e levaram à Conferência Nacional. Isto é uma realidade presente e futura, mesmo depois da pandemia. Vamos exigir, entre outras coisas, que os custos do teletrabalho sejam arcados pelos bancos, assim como o fornecimento dos equipamentos de trabalho e ergonômicos. Não vamos aceitar também que sejam retirados direitos dos trabalhadores que cumprirem suas funções em suas casas”, reage Big.

 

A participação dos bancários é fundamental na Campanha Nacional. Participe e se informe no site do Sindicato e redes sociais.

Fonte: Comunicação do SEEB de Santos e Região e SEEB de SP

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Publicado por: Gustavo Mesquita

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