Diretoria ainda propõe jogar nas costas de associados déficit ocasionado por falhas de gestão o que foi rejeitado pelo movimento sindical e entidades
De forma intempestiva e desrespeitando o movimento sindical e as entidades que representam os associados (Anabb, Aafbb e Faabb), diretores e representantes de conselhos da Cassi, convocaram na tarde de segunda-feira (14) uma reunião onde admitiram déficit de R$ 366 milhões no Plano Associados.
A Cassi admitiu a situação de déficit do Plano Associados, que havia sido denunciado pelos sindicatos várias vezes, antes dos novos eleitos da Cassi tomarem posse, em junho deste ano. Apresentaram uma proposta que onera apenas os associados, com aumento de coparticipação que pode chegar a 50%. O banco não colocaria um tostão na coparticipação, denuncia a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB).
Os sindicalistas e entidades, de forma unânime, não aceitaram as propostas da Cassi.
Entidades têm propostas
Os representantes dos funcionários desaprovaram a proposta por onerar única e exclusivamente os associados. Destacam que já existem propostas das entidades, dentre elas estão o retorno da taxa administrativa, já acordada na Reforma Estatutária; recursos de decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre ressarcimento de ações trabalhistas, onde parte que é devida pelo banco seria direcionada à Cassi; e por fim, que o BB, como patrocinador, assuma as despesas que a Cassi teve no combate à covid-19.
“Parte dessas propostas já foram aceitas e reconhecidas pelo banco o que falta da Cassi é cobrar. Então, por que onerar os associados antes de cobrar que o banco responda a esses pedidos? E como são capazes de propor essa discussão que onerar os associados, na véspera de mudança do governo? Ou seja, essa atual administração, indicada pelo banco, quer mostrar somente agora serviço, onerando o associado com o lucro astronômico que o BB teve, sendo que pode ser que eles saiam da Cassi, com as mudanças no Planalto?”, pontua João Fukunaga, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB).
Estratégia Saúde da Família
“Com a Reforma Estatutária de 2018/2019, a Cassi assumiu o compromisso de ampliar a Estratégia Saúde da Família (ESF). E eles nunca apresentaram o relatório a respeito desse compromisso. Hoje foi dito que temos 240 mil famílias na ESF e que a meta colocada pelo presidente da Cassi é crescer 600 mil em apenas seis meses. Ou seja, o que eles não fizeram em cinco anos, querem fazer em seis meses?”, conclui o coordenador da CEBB, arrematando que, em 2018, a Accenture, empresa de consultoria contratada pela própria Cassi, já recomendava a ampliação do modelo que melhora resultados de saúde, otimizando custos.
Crédito: spbancarios
Fonte: Contraf com edição da Comunicação SEEB de Santos e Região