Financiários cobram novamente abertura das negociações da Campanha Salarial 2020 com a Fenacrefi. A data-base da categoria é 1º de junho. As reivindicações foram enviadas dia 10 de junho
O Coletivo Nacional de Financiários se reuniu, nesta sexta-feira (18), para debater sobre a Campanha Nacional do segmento e cobrar proposta oficial da Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) para o próximos dias.
De acordo com os financiários, a maioria das financeiras é controlada pelos grandes bancos. Portanto, as financeiras são altamente lucrativas e não somente o setor bancário. Os lucros são altos em todos os momentos, inclusive de crise socioeconômica. “Não vamos aceitar uma proposta rebaixada, que retire direitos e salários da categoria. Estamos prontos para lutar pelos interesses dos financiários”, finalizaram.
A partir do debate realizado, nesta sexta-feira, o movimento sindical vai elaborar uma carta de princípios para encaminhar à Fenacrefi, novamente a retomada das negociações.
Assim que as financeiras enviarem uma proposta para a Contraf, o Coletivo Nacional de Financiários será convocado para debater sobre a Campanha Salarial.
Reivindicações
A categoria reivindica a renovação da atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) pelo período de dois anos, com validade entre 1º de junho de 2020 a 31 de maio de 2022, e assinatura de termo de compromisso para prorrogação das cláusulas econômicas até o mês de setembro de 2020, com a discussão futura sobre a aplicação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), sobre os valores da CCT vigente, retroativa a 1º de junho de 2020.
Isto corresponderá à reposição da inflação acumulada no período compreendido entre 1º de junho de 2019 a 31 de maio de 2020, além de reajuste acima da inflação para igual período e o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para os exercícios de 2020 e de 2021.
Aditivo para enfrentar a pandemia
Um dos pontos mais atuais da pauta de reivindicação é a concessão gratuitamente da vacina contra a gripe H1N1 aos empregados e seus dependentes ou ainda reembolsar as despesas com a vacinação nos exercícios de 2020 e 2021 e o debate para a criação de instrumento aditivo à CCT dos Financiários sobre a pandemia do novo coronavírus, para minimizar os efeitos sobre a categoria.
Outros anseios dos trabalhadores em financeiras são um período maior da assistência médica e hospitalar aos empregados despedidos, a inclusão do debate sobre o combate à violência contra a mulher e criação de protocolo, nos moldes daquele firmado entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), com a inclusão de aditivo à CCT dos Financiários.
Apenas uma reunião, em 03/07
A Comissão de Organização dos Financiários enviou a pauta de reivindicações da categoria, com data-base em 1º de junho, no dia 10 de junho. Entretanto, houve apenas uma reunião, em 3 de julho, quando a Fenacrefi acenou com a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) por dois anos e marcou uma nova reunião para o dia 10/07, que foi cancelada junto com o pedido de suspensão temporária das negociações.
Fonte: Contraf com edição do SEEB de Santos e Região