Diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e funcionários do BB fizeram protesto, nesta quarta (24), em Santos/SP, por manutenção dos direitos e reajuste digno na Campanha Salarial 2022
Em Campanha Salarial, a diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e os funcionários do Banco do Brasil (BB), agência XV de Novembro, Centro, e de departamentos localizados no mesmo endereço, realizaram protesto contra retirada de direitos, por mais direitos e reajustes acima da inflação nos salários, PLRs e VR e VA.
Foram utilizados carro de som, panfletos, cartazes para esclarecer a população, usuários e clientes sobre o lucro do recorde do BB, cobrança de tarifas absurdas que pagam todo o custo administrativo, de pessoal e ainda sobram milhões.
BB retira direitos
Apesar de ter um lucro recorde de R$ 14,4 bilhões, no 1º semestre, o Banco do Brasil, por exemplo:
· Diminui salários com o Programa Performa;
· Pretende pela terceira vez diminuir as avaliações dos funcionários (GDP), o que pode incentivar assédio moral e sexual;
· Ameaça funcionários com a retirada de seus comissionamentos por meio do GDP;
· Há denúncias de extinção ou redução da comissão de caixa, garantidas por liminar judicial, de trabalhadores que foram realocados para outras áreas;
· Retirou a ajuda de custo para transporte de caixas que atuam em várias agências e em cidades diferentes;
· O BB quer diminuir tratamento psicológico às vítimas (funcionários e dependentes de assalto ou sequestro, entre outras.
Bancos propõe reajuste abaixo da inflação
Faz mais de dois meses que os bancos vêm enrolando a categoria bancária e depois de 14 rodadas de negociação, os banqueiros oferecem 65% da inflação, um reajuste em torno de apenas 5,77%.
Lucro dos Bancos
“Os bancários trabalharam muito, debaixo de assédio por metas, para que os cinco maiores bancos do país (Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander) obtivessem juntos um lucro de R$ 56,5 bilhões nos seis primeiros meses de 2022, alta de 14,4% em relação ao mesmo período do ano passado, com rentabilidade de 18% em 12 meses”, diz Élcio Quinta, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Reajuste dos VAs e VRs não é suficiente diante da inflação
A pressão e mobilização da categoria levou a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a elevar a proposta de reajuste para os vales refeição e alimentação para 100% da inflação. Mas o Comando Nacional dos Bancários reivindica pelo menos o reajuste sobre a inflação dos alimentos, projetada para 15,37%.
Com a proposta apresentada na mesa, o valor do Tíquete Refeição passaria de R$ 41,92/dia para R$ R$ 45,65/dia e o Vale Alimentação de R$ 726,71/mês para R$ 791,24/mês, aumento de R$64,53. Mas a proposta foi rejeitada pelo Comando. Os bancos prometeram, diante da negativa do movimento sindical que vão analisar os índices propostos pelos sindicatos de um reajuste para o VA e VR sobre a inflação dos alimentos. No entanto, disseram que vão considerar a alimentação dentro do domicílio e fora do domicílio.
A próxima reunião de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban será hoje quarta-feira (24), a partir das 14h. Caso não cheguem a um acordo serão estendidas para dias 25 e 26.
Assédio por metas adoece
Grande parte dos bancários estão doentes por serem obrigados a cumprir metas impossíveis, com sobrecarga de trabalho, que renderam aos cinco maiores bancos 56 bilhões em lucros nos primeiros seis meses deste ano.
A SINDICALIZAÇÃO e PARTICIPAÇÃO nas manifestações organizadas pelo Sindicato são essenciais para manutenção dos direitos e reajuste acima da inflação.
Crédito: Fabiano Couto
Fonte: Comunicação do SEEB de Santos e Região