Os agrotóxicos provocam impactos na saúde dos trabalhadores que aplicam os produtos, nas comunidades rurais e no meio ambiente. Além disso, ameaçam a população das cidades, que consome alimentos contaminados. Com o objetivo de combater o consumo exagerado, dezenas de organizações do movimento social, da sociedade civil, ambientalistas e pesquisadores lançam, na próxima quinta-feira (07), a Campanha Permanente contra o Uso dos Agrotóxicos no Brasil.
Além de conscientizar a população e pressionar o poder público, os organizadores da campanha pretendem propor medidas de enfrentamento ao uso indiscriminado dos agrotóxicos. Segundo o secretário-executivo da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), Denis Monteiro, existe uma alternativa a esse modelo de produção.
“Temos estudos que mostram que a agroecologia é viável, produz em quantidade e em qualidade, e o local para a agroecologia acontecer são as áreas da agricultura familiar. Então outro campo de articulação importante é avançar na construção dessas experiências em agroecologia que a gente já vem construindo, multiplicá-las pelo país, mostrando que este é o futuro da agricultura.”
A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) registrou um crescimento de até 8% no volume de vendas de agrotóxicos em 2010. Na safra anterior foram utilizadas mais de um milhão de toneladas.
Recentemente, uma pesquisadora da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) anunciou ter detectado a presença de agrotóxicos no leite materno. No interior de São Paulo, os criadores de bicho-da-seda estão preocupados com a redução do número de insetos e consequente queda na produção do tecido, devido à pulverização de veneno que é feita por aviões nos canaviais do entorno.
Fonte: R
