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Calor nas agências: descaso e economia burra dos bancos

24 de dezembro de 2018

O Sindicato recebe semanalmente diversas denúncias sobre falta de manutenção em sistemas de climatização de agências, resultando em queda da produtividade e insatisfação de clientes.

Todo ano é a mesma história. O verão chega e as altas temperaturas da estação transformam muitas agências em verdadeiros infernos devido a falta de manutenção nos sistemas de ar-condicionado. Esse cenário repete-se sempre com a mesma certeza do nascimento do Sol e atinge trabalhadores e clientes do setor mais lucrativo da economia.

 

Somente em 2018, o Sindicato recebeu muitas denúncias de agências com ar-condicionado pifado.

 

A Norma Regulamentadora 17 estipula que a temperatura do ambiente de trabalho deve ser mantida entre 20ºC e 23ºC. As NRs são determinações obrigatórias feitas pelo Ministério do Trabalho para garantir a segurança e a saúde do trabalhador. Caso descumpridas, podem acarretar em punições para a empresa.

 

Mas é bastante comum encontrar agências bancárias com temperaturas superiores a 30 graus por conta de sistemas de refrigeração do ar pifados ou funcionando inadequadamente.

 

“O calor ambiental em atividades laborais leva a um desconforto muito grande, sonolência, dificuldade de concentração, e até a casos de desidratação”, enumera a médica Maria Maeno, que é coordenadora do Programa Organização, Gestão do Trabalho e Adoecimento da Fundacentro, órgão ligado ao Ministério do Trabalho.

 

É uma economia burra do setor mais lucrativo da sociedade, pois os trabalhadores não produzirão o exigido em um ambiente insalubre de temperaturas elevadas, e os clientes não terão vontade de fechar negócios dentro de locais que se assemelham a verdadeiros fornos.

 

“Mal estar e sensação de cansaço o tempo todo”

 

Os bancários relatam o sufoco causado pelo problema. “Agência sem ar funcionando não tem condição. Mal estar e sensação de cansaço o tempo todo. Tivemos cliente reclamando há alguns dias e estamos trabalhando há mais de uma semana na base de ar-condicionado portátil, que não dá conta, e muitos ventiladores espalhados”, denunciou um funcionário do Itaú.

 

O atendimento já é precário devido à falta de funcionários. E o calor acaba agravando a situação. A produção cai bastante, houve colegas que passaram mal, tiveram falta de ar. Os clientes vão ficando mais nervosos e descontam na gente. Mas não está no nosso alcance resolver essa questão. Vira um jogo de empurra entre as áreas [responsáveis pela infraestrutura], relata um empregado de uma unidade da Caixa.

 

Os sistemas de ar condicionado das áreas que abrigam as máquinas das instituições financeiras nunca passam por problemas semelhantes. As máquinas recebem dos bancos tratamento mais humano do que trabalhadores e clientes.

 

Cobrança

 

Em outubro, o Sindicato enviou carta a todos os bancos (como é feito todos os anos), para lembrar do verão e o calor cada vez mais preocupante que faz na região da Baixada Santista, e solicitou a manutenção dos aparelhos de ar-condicionado nas unidades.

 

Denuncie!

 

Os Dirigentes do Sindicato convocam todos os bancários da base a denunciarem quaisquer tipos de violações dos direitos jurídicos, trabalhistas, assédios e falta de condições de trabalho por meio do fale conosco do site: www.santosbancarios.com.br; e-mail: santosbancarios@uol.com.br; whatsapp: 13 99209.2964; ou pelo fone: 13 3202.1670. O sigilo do denunciante é garantido.

Fonte: Com informações SEEB SP

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Publicado por: Fabiano Couto

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O SEEB Santos e Região foi fundado em 11/01/1933. As cidades da base são: Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Santos, Cubatão, Guarujá e Bertioga. O Sindicato é filiado à Intersindical e a Federação Sindical Mundial (FSM).

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