Semana passada circularam informações nas agências da Caixa sobre aumento de 200% da meta na maior parte dos produtos. Os empregados já estão esgotados com diversos pagamentos e as unidades abrindo mais cedo. Movimento sindical pressiona por redução de metas
Informações que circularam nas agências da Caixa semana passada aventaram sobre um aumento de 200% da meta na maior parte dos produtos e indicadores no Conquiste, o sistema de mensuração e acompanhamento de resultados do banco.
A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) do banco público entrou em contato com a vice-presidência Rede de Varejo (Vired) e solicitou o reprocessamento das metas para os valores anteriores. A ação será feira pela Controladoria do banco no Conquiste e o assunto será debatido adequadamente com a Rede.
“Em plena pandemia não deveriam nem existir metas. Imaginem que se 100% já está difícil de atingir, 200% é totalmente impraticável. Reafirmamos que o Sindicato dos Bancários de Santos e Região sempre foi contra qualquer tipo de metas, muito menos as absurdas. Neste cenário, onde os empregados da Caixa já estão esgotados, com a abertura mais cedo para pagar milhares de auxílios e atender a população a cobrança de metas é desumana”, diz Ricardo Saraiva Big, presidente em exercício do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Metas absurdas
A cobrança de metas na Caixa tem sido debatida desde o início da pandemia. Com parte dos trabalhadores em home office e outros atuando no pagamento do auxílio emergencial e do FGTS emergencial, a Caixa continuou com as cobranças, mesmo com o indicativo da diretoria de que isso não seria feito.
No início do mês de outubro, a direção da Caixa aumentou em R$ 2 milhões a meta de consignado do INSS em algumas agências. Os empregados, já estão exaustos, estão sendo cobrados para que cumpram mais de 120% das metas de venda de produtos. Em outro exemplo, as metas para o crédito consignado foram desmembradas, com a separação entre servidores públicos e aposentados.
Ainda na Campanha Salarial de 2020, o movimento sindical reforçou a reivindicação à direção da Caixa para deixar de cobrar as metas enquanto perdurar a pandemia.
Crédito: Fabiano Couto
Fonte: Fenae com edição do SEEB de Santos e Região