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Caixa pressiona empregado a participar da IPO da Caixa Seguridade

13 de abril de 2021

Nunca foi tão importante a presença do Estado, na pior pandemia mundial, para a população e para a retomada da chamada normalidade econômica. Contudo, a vontade incontrolável de fatiar a Caixa para favorecer o mercado privado é tão grande que a gestão Pedro Guimarães e o governo federal oferecem na marra partes do banco 100% Público na Bolsa a todo o momento e, agora, pressionam os próprios empregados a comprarem como parte das metas

No momento em que o Brasil mais precisa da Caixa Econômica Federal 100% pública e da sua atuação como principal agente de políticas públicas, a gestão Pedro Guimarães anuncia para o dia 29 de abril uma nova tentativa de oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Caixa Seguridade na bolsa de valores – o terceiro maior grupo segurador do país, com o banco estudando ainda a possibilidade de devolver mais R$ 5 bilhões ao Tesouro, após a conclusão de todo o processo.

 

Conforme a Federação Nacional das Associações dos Empregados da Caixa (Fenae), dessa vez, com base no eufemismo “empregado investidor”, utiliza-se do assédio moral para pressionar os trabalhadores a venderem mais uma fatia importante do banco público, com as chefias obrigando-os, inclusive, a comprar ações para bater as metas desumanas.

Para forçar a compra de ações por empregados, a direção do banco planeja adiantar salários e pretende autorizar a conversão de Apips ou ausências permitidas e de licença prêmio, desde que vinculadas à IPO da subsidiária de seguros. Nas unidades, castigadas por carência de pessoal que provoca sobrecarga de trabalho, a pressão aumenta e a situação fica cada vez mais grave.  “Até assédio moral, com ameaças de descomissionamentos e transferências arbitrárias, é utilizado pelas chefias”, afirma a Fenae.

Essas medidas são adotadas em paralelo à cobrança desmedida para contribuir com a abertura de capital da divisão de seguros da Caixa. Os trabalhadores denunciam a pressão excessiva para “colaborar” com o desmantelamento do banco público, naquilo que está sendo denominado internamente de “plano de incentivos aos empregados Caixa IPO Caixa Seguridade”. Tudo isso, porém, vem causando sofrimento emocional e psicológico, o que tem levado muitos bancários a fazerem uso de medicação controlada. Há relatos até mesmo de rodízio entre os gerentes gerais das agências, intensificando em consequência a desestruturação das unidades diante de um novo pagamento do auxílio emergencial.

 

Segundo consta, a julgar pelo que já foi divulgado na imprensa, a Caixa Seguridade deve ser listada apenas no Brasil e estima-se que a operação do IPO seja avaliada em R$ 30 bilhões, embora até recentemente esse valor era de até R$ 60 bilhões. Essa é a quarta vez que a direção da Caixa tenta abrir o capital da subsidiária. A última tentativa, no fim do ano passado, foi suspensa diante da instabilidade do mercado, situação que ainda permanece, dado que a pandemia se agravou ainda mais no país.

A vontade incontrolável de fatiar a Caixa para favorecer o mercado privado é tão grande que a gestão Pedro Guimarães e o governo federal empurram suas ações para a Bolsa na marra.

 

O IPO da Caixa Seguridade faz parte da estratégia de venda de ativos do banco público para este ano, com a privatização servindo de “modelo” para outras áreas, estando na fila a operação com cartões de crédito. No caso da Caixa Seguridade, a meta é vender cerca de R$ 10 bilhões em ações.

Fonte: Fenae com edição do SEEB de Santos e Região

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Publicado por: Gustavo Mesquita

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