Caixa divulga novos protocolos que diminuem a segurança da saúde dos empregados, clientes e familiares
O movimento sindical pressiona a Caixa a rever as medidas no novo protocolo de atuação de gestores e empregados, anunciado segunda-feira (18). De acordo com as entidades, as mudanças podem transformar as agências da Caixa num centro de propagação do novo coronavírus (Covid-19).
O banco abrandou as medidas que já estavam em protocolo, como a retirada da quarentena de até 14 dias no caso de sintoma em unidade. O texto diz que a confirmação da doença para fins de cumprimento de protocolo a partir de agora só com apresentação do exame PCR. Antes, não mencionava o tipo de exame.
Para os casos de confirmação ou suspeita da Covid-19, o protocolo alterou de cinco para sete dias corridos o prazo da quarentena para os que tiveram contato próximo com o suspeito ou contaminado. Porém, retirou a parte que dizia “podendo se estender para 14 dias (no caso de sintomas em algum outro empregado ou terceirizado), em prol da saúde individual e coletiva”.
Somente serão afastados aqueles que tiveram contato físico direto, desconsiderando que o vírus se aloja nas superfícies e locais. E não resguarda também os demais empregados que poderão continuar trabalhando no mesmo prédio.
O novo documento ainda traz observações novas, como o prazo de sete dias a ser contado desde a data do afastamento do empregado com sintomas, só que o PCR só pode ser realizado entre o 3° e o 10° dia do início dos sintomas. Portanto, torna sem efeito o prazo de sete dias, porque quando chegar o resultado o empregado já estará trabalhando, tendo em vista a realidade da demora, em muitas cidades e regiões.
O novo protocolo também retira a expressão que garantia o afastamento para trabalho remoto, sem atestado, do empregado que apresentasse sintomas. Agora somente a teleorientação pode afastá-lo, invalidando a autodeclaração.
Fonte: Contraf