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Caixa Econômica Federal

Caixa: menos créditos + juros altos = abertura de capital

27 de setembro de 2017

A atuação da Caixa Econômica Federal como executor de políticas públicas também precisará ser repensada, segundo o governo federal

O governo entreguista e ilegítimo de Temer está tomando medidas com vistas à abertura de capital da Caixa Econômica Federal. A ideia vem sendo defendida por integrantes da equipe econômica e da própria Caixa. Uma das primeiras iniciativas é aprovar, em novembro, o novo estatuto do banco, que está sendo desenhado entre a cúpula da instituição e os ministérios da Fazenda e do Planejamento.

 

A Caixa estuda ainda limitar as despesas com pessoal, como os gastos com planos de saúde, por exemplo, a um percentual da folha de pagamento dos funcionários. Atualmente, não há um teto definido, e o banco dá assistência médica até o fim da vida dos trabalhadores, explicou uma fonte a par das discussões.

 

Mas há uma avaliação de que não há tempo hábil de realizar a operação neste (des)governo. O plano é deixar tudo preparado para 2019. “Estamos adotando medidas para melhorar a governança até o fim do ano que vem e início de 2019. A ideia é deixar tudo pronto para uma eventual abertura de capital. A decisão será tomada de acordo com a oportunidade e o interesse público”, disse uma fonte envolvida nas discussões.

 

Juros Altos, apesar de queda na Selic

Também serão criados comitês com gente de fora e de dentro da Caixa, com foco na gestão do banco. As medidas atendem também à nova Lei das Estatais. Para reduzir despesas, a instituição já abriu neste ano dois Programas de Demissão Voluntária (PDVs). Além disso, o banco vem fazendo ajustes na política de concessão de crédito em busca de melhores resultados. Embora o Banco Central (BC) tenha iniciado há quase um ano a trajetória de queda na Selic (taxa básica de juros), a Caixa manteve inalteradas (altas) as taxas do financiamento habitacional, segmento em que é líder.

 

Além disso, a instituição vem reduzindo a quota de empréstimo habitacional, tanto para imóveis usados quanto novos, à população. No caso mais recente, anunciado na última sexta-feira (22/9), o teto do crédito para usados caiu para 50% do valor do imóvel — o que vai exigir uma entrada maior do mutuário. Segundo fontes da Caixa, o banco vem fazendo uma série de ajustes para melhorar o risco da carteira de crédito (ou seja, está distribuindo menos crédito e cobrando mais caro da população).

 

No processo de abertura de capital, a Caixa terá de resolver uma série de questões nas áreas de seguridade e cartão de crédito, por exemplo, disse um interlocutor. A atuação do banco como executor de políticas públicas também precisará ser repensada, explicou uma fonte a par das discussões.

 

Com atraso em relação a outros bancos na divulgação de balanços trimestrais, a Caixa informou ontem que registrou lucro líquido de R$ 2,587 bilhões no segundo trimestre de 2017 — alta de 62,8% na comparação com o mesmo período de 2016. Com isso, o banco encerrou o semestre com lucro de R$ 4,074 bilhões, o melhor resultado alcançado pela instituição para o período e um aumento de 69,2% sobre o ganho auferido nos primeiros seis meses do ano passado.

 

Ajudaram no desempenho os ganhos com prestação de serviços e tarifas, que chegaram a R$ 12,230 bilhões no primeiro semestre do ano — alta de 12,5% na comparação com o mesmo período de 2016. Merecem destaque as receitas de crédito, administração de fundos de investimentos, convênios e cobrança. Por outro lado, a Caixa encerrou o semestre com redução de 3,3% nas despesas com provisão para devedores duvidosos, de R$ 10,067 bilhões para R$ 9,733 bilhões. O índice de inadimplência, por sua vez, caiu 0,68 ponto percentual, ficando em 2,51% — abaixo da média de mercado (de 3,74%).

 

Em junho, a carteira de crédito total da Caixa alcançou saldo de R$715,886 bilhões, avanço de 3,5% em 12 meses, com destaque para habitação, saneamento, infraestrutura e crédito consignado. Já a carteira comercial (pessoas físicas e jurídicas) totalizou R$ 182,705 bilhões — queda de 6,6% devido, principalmente ao menor apetite das empresas por empréstimos, reflexo da crise na economia.

Fonte: Com informações da revista Época

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