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Caixa Econômica Federal

Caixa lucra R$ 6,7 bilhões no 1º semestre e quer eliminar direitos

20 de agosto de 2018

Maior resultado na história do banco para o período é divulgado em meio a tentativa da sua direção de retirar uma série de conquistas históricas dos empregados, e foi construído sobre a omissão da função social da instituição pública

A Caixa atingiu lucro líquido de R$ 6,7 bilhões no 1º semestre de 2018, crescimento de 63,3% em 12 meses. É o maior resultado já alcançado pelo banco em um semestre e foi divulgado em meio às negociações da Campanha Nacional 2018 nas quais a direção da instituição tenciona eliminar direitos históricos dos empregados, como a PLR Social, e o Saúde Caixa nos moldes atuais.

 

Qualquer tentativa de  retirada de direitos, como a direção do banco pretende nas negociações, é totalmente inaceitável. O lucro do banco comprova que não há a menor justificativa para isso.

 

Nas negociações da Campanha Nacional 2018, além de não garantir o pagamento da PLR Social e não manter o Saúde Caixa nos moldes atuais, a direção do banco apresentou proposta que não garante mais de 30 direitos do atual Acordo Coletivo de Trabalho.

 

Caixa reduz agências e número de empregados

No 1º semestre de 2018, as despesas de pessoal da Caixa totalizaram R$ 11,4 bilhões (incluindo a PLR), redução de 2,22% em 12 meses, impactada, principalmente, pelos efeitos dos planos de demissão voluntária iniciados em 2017.

 

Portanto, a relação entre receitas de prestação de serviços e tarifas ficou em 114%, crescimento de 9,3 pontos percentuais. Com essas receitas, a Caixa consegue pagar todos os seus empregados e ainda sobram  R$ 1,6 bilhão.

 

O número de empregados caiu, e passou de 90.201, em junho de 2017, para 86.424 empregados 12 meses depois, redução de 3.777 empregados em um ano, principalmente devido ao plano de demissão voluntária.

 

O número de agências e postos de atendimento também caiu de 4.244 para 4.178 unidades, queda de 66 unidades em um ano.

 

A redução do número de agências e empregados comprova que a lucratividade está aumentando enquanto o banco encolhe, o que não traz nenhum benefício para a população. A Caixa precisa crescer induzindo o crescimento do país. E isso não se vê com o aumento da lucratividade, mas por meio de contratações de empregados e da concessão de crédito mais acessível a fim de auxiliar a economia a sair do atoleiro em que o país se encontra. Essa é a razão da existência de um banco totalmente público como a Caixa.

 

Direção da Caixa omite função social e reduz crédito para a população

O resultado operacional da Caixa alcançou R$ 9,1 bilhões no acumulado até junho de 2018, crescimento substancial de 127% em um ano devido, segundo o banco, pela estabilidade da margem financeira, redução nas despesas com PDD (-30,9%) e nas despesas administrativas  (-5,8%) incui redução de dspesa de pessoal, e pelo  crescimento nas receitas de prestação de serviços e tarifas (6,5%);

 

A carteira de crédito comercial totalizou R$ 148,6 bilhões em junho de 2018, redução de 18,7% em 12 meses, a carteira PF registrou saldo de R$ 87,6 bilhões, recuo de 12,9% em 12 meses. A carteira PJ também recuou (-25,7%) em 12 meses.

 

A redução de mais de dois dígitos do crédito, associada a queda das despesas administrativas de pessoal, comprova que a Caixa, sob o governo Temer, deixou de cumprir com sua função social a fim de contribuir para o fomento da economia e caminha para o sucateamento. A Caixa deve voltar a exercer esse papel essencial para o crescimento do país. É importante ressaltar que dentro de alguns meses teremos eleições presidenciais e para a renovação do Congresso Nacional, e muitos candidatos defendem a privatização dos bancos públicos. Por isso, é fundamental informar-se muito bem antes de votar.

 

O patrimônio líquido do banco totalizou R$ 80,4 bilhões, evolução de 22,0% em relação a junho de 2017.

 

Em junho de 2018, a Caixa possuía R$ 2,2 trilhões de ativos administrados (incluindo FGTS, fundos de investimento e outros ativos), aumento de 3,3% em 12 meses, impulsionados, principalmente, pelo avanço de 18,6% nos fundos de investimento. Os ativos próprios da empresa, montante de R$ 1,271 trilhão, apresentaram redução de 0,8%.

 

O índice de inadimplência totalizou 2,50%, estável em relação ao primeiro semestre de 2017. A inadimplência da carteira comercial PF totalizou 5,34% em junho de 2018, redução de 0,21 pontos percentuais em 12 meses. A inadimplência da carteira comercial PJ atingiu 5,66%, aumento de 1,05 pontos percentuais no mesmo período.

Fonte: Seeb SP

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