Movimento sindical seguirá lutando por mais contratações e pela convocação dos aprovados no concurso do banco
Uma portaria do Ministério da Economia, publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (19), autoriza a Caixa Econômica Federal a aumentar seu quadro de pessoal até o limite de 87.544 empregados. Com isso, a Caixa poderá contratar cerca de 3.300 novos empregados.
O movimento sindical tem reivindicado mais contratações nas nas negociações com o banco e em audiências públicas. A conquista dessas novas vagas é importante, mas ainda não resolve o problema dos empregados, que estão sobrecarregados e adoecendo por causa do excesso de trabalho. Também é insuficiente para garantir o atendimento digno que a população merece.
Levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra que, em cinco anos (de 2015 a 2020), houve uma redução de 14.866 postos de trabalho na Caixa.
O quadro de empregados Caixa vem sofrendo uma grande redução ao longo dos anos, ao mesmo tempo que há o aumento do número de clientes. Isso gera sobrecarga de trabalho e adoecimento dos empregados e prejudica o atendimento aos clientes e usuários. É preciso ampliar a quantidade de contratações.
Luta dos concursados
O movimento sindical também observou que a portaria não define que as novas contratações sejam de empregados concursados.
O artigo segundo da portaria diz que, dentro do limite estipulado, também podem ser incluídos pessoas contratadas em cargos comissionados e em caráter temporário. Além disso, o artigo terceiro, diz que compete à empresa gerenciar o seu quadro de pessoal, incluindo contratações e desligamentos. Isso deixa aberta a possibilidade de contratações que não levem em conta a contratação de funcionários concursados em caráter efetivo.
Isso desvirtua completamente a reivindicação do movimento sindical, que seguirá lutando para que sejam contratados os concursados que estão esperando na fila de contratações.
Fonte: Com informações da Contraf