País segue como recordista de mortes em 24 horas porque Bolsonaro desprezou a pandemia, incentivou aglomerações e não comprou as vacinas. Por isso, o foco central da luta, principalmente hoje (Dia Mundial da Saúde), será pelo #VacinaSalvaBolsonaroNão e #ForaBolsonaro com tuitaço a partir das 11h, veja algumas sugestões de frases no final da matéria
O presidente Jair Messias Bolsonaro desprezou os riscos da pandemia, promoveu aglomerações, criticou o uso de máscaras, mentiu ao disseminar a ideia de fórmulas milagrosas como Cloroquina, Ivermectina e spray mágico.
O resultado não poderia ser pior: o Brasil torna-se o epicentro da pandemia, com o maior número de mortes em 24 horas por dias seguidos, em média 4 mil pessoas. O governo brasileiro não comprou mais de 70 milhões de vacinas em agosto e setembro porque Bolsonaro insistia em retaliações ideológicas contra a China maior produtor de vacinas e insumos. Além de menosprezar a Sputnik V produzida na Rússia, da Pfizer e outras.
Agora, enquanto grande parte do mundo vê uma diminuição no número de casos e mortes pela Covid-19, o Brasil vive seu maior pico na pandemia.
“Todos reconhecem que há uma situação muito grave no Brasil”, disse na terça-feira (6), Anthony Fauci, líder da força-tarefa contra a Covid-19 nos EUA, em entrevista à BBC News.
Bolsonaro sentindo a queda de popularidade, a pressão de parlamentares e preocupado com a eleição presidencial de 2022, o Palácio do Planalto corre desesperado, buscando ajuda do presidente russo, Vladimir Putin, para conseguir a vacina Sputnik V, que ainda não tem aprovação da Anvisa. A curto prazo não há imunizantes no mercado internacional porque o mundo inteiro correu para salvar a sua população mais cedo.
Bolsonaro não é responsável pela pandemia, que é mundial, mas poderia ter evitado mais de 340 milhões de mortes até agora, início de abril de 2021, e que talvez possa chegar a mais de 500 mil brasileiros vítimas do vírus, em julho próximo, segundo projeções internacionais.
Sim, Bolsonaro é culpado
O Dia Mundial da Saúde, comemorado nesta quarta-feira, dia 7 de abril, não poderia ser um momento mais propício para uma reação popular, pelo menos nas redes socais, porque nas ruas tornou-se impossível neste momento, para protestar e cobrar: onde estão as vacinas, Bolsonaro?
Bolsonaro não comprou vacinas em 2020
A farmacêutica Pfizer fez a primeira oferta de 70 milhões de doses em 14 de agosto de 2020 e o governo federal não se interessou. Instituto Butantan ofereceu milhões de doses da CoronaVac ao governo em 30 de julho, 18 de agosto e 7 de outubro. O governo nunca se interessou.
Além disso, embora o então ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, tenha afirmado que encontrou dificuldade em negociações com o consórcio Covax Facility, da Organização Mundial de Saúde (OMS), pessoas ligadas às conversas, segundo apurou matéria da Folha de São Paulo, apontam que foi da pasta a decisão de adquirir doses para apenas 10% da população por meio da iniciativa.
A Pfizer não foi a única a ter propostas rejeitadas. Documentos mostram que outros laboratórios também tiveram ofertas que previam entregas mais cedo ignoradas, a exemplo do Instituto Butantan, que hoje é responsável por pelo menos 78% das vacinas já distribuídas no país contra a Covid.
“A população tem que cobrar a responsabilidade do presidente. Ele agiu todo o tempo todo contra as vacinas e agora joga os comerciantes contra as medidas de lockdown, para conter o colapso total da saúde, que já contabiliza milhares de mortes nas portas dos hospitais sem atendimento adequado, sem oxigênio ou medicamentos para intubação. Caso Bolsonaro tivesse adquirido vacinas e liderado o processo de imunização com uma campanha de prevenção nacional milhares de vidas teriam sido poupadas e a economia sofreria menos danos”, Ricardo Saraiva Big, secretário de Relações Internacionais da Intersindical Central da Classe Trabalhadora.
Centrais sindicais dos trabalhadores brigam pela vida: vacinação para todos e auxílio emergencial de R$ 600,00
A Intersindical Central da Classe Trabalhadora, a Frente Povo Sem Medo e outras centrais e movimentos populares lutam por auxílio emergencial no valor de R$ 600,00 permanente até o controle da pandemia e restabelecimento da economia. Assim como vacina imediatamente para todos!
Hoje (7/4), Dia Internacional da Saúde, os brasileiros enfrentam a maior crise sanitária de sua história com o agravamento da pandemia do novo coronavírus. Com aproximadamente 3% da população mundial, o Brasil concentra 30% de novas infecções registradas diariamente em todo o planeta. Especialistas na área de saúde apontam que abril pode ser o pior mês da pandemia até agora e que, se nada for feito, o Brasil terá um total de 600 mil mortes até julho.
Por isso, o foco central da luta será pelo #VacinaSalvaBolsonaroNão e #ForaBolsonaro com tuitaço a partir das 11h, veja algumas sugestões de frases:
1- Exigimos que a saúde pública esteja acima dos interesses dos lucros dos empresários! Defendam o SUS! #VacinaSalvaBolsonaroNão
2- Somos gratos aos enfermeiros, médicos, cientistas e a todos aqueles que diariamente deixam a segurança de seus lares para lutar contra a pandemia. Se puder fique em casa para em breve sairmos dessa, juntos! #VacinaSalvaBolsonaroNão
3- É preciso valorizar e fortalecer o SUS, fortalecer os trabalhadores da saúde e lutar pela ampliação do programa de vacinação gratuita para todos e todas! #VacinaSalvaBolsonaroNão
4- Hoje é dia de luta em defesa da vacina e do emprego. Movimentos sociais se mobilizam no Dia Mundial da Saúde. Saiba onde tem atividade #VacinaSalvaBolsonaroNão
5- O SUS tem capacidade de vacina 1 milhão de pessoas por dia e Bolsonaro sabe disso. Ele impede a vacinação e não compra vacinas. O projeto dele é a morte #VacinaSalvaBolsonaroNão
6- Mais de 4000 mil mortos por dia e Bolsonaro continua dizendo “e daí”. O Brasil é hoje o país mais isolado do mundo. Vergonha mundial #VacinaSalvaBolsonaroNão
7- Engraçado que alguns pastores e empresários são contrários à vacinação, mas já tomaram as suas. E o povo, como diz, Gil do Vigor “que se lasque” #VacinaSalvaBolsonaroNão
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Participe da live da Intersindical, às 18h, nesta quarta (7), com Dr Gonzalo Vecina, clique aqui
07/04, DIA MUNDIAL DA SAÚDE E O BRASIL DA PANDEMIA
DEBATEDORES:
DR. GONZALO VECINA, Professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, ex-Secretário Municipal de Saúde de São Paulo e criador da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
ÉRICO COLEN, especialista em saúde pública pela ESP MG, Diretor executivo do Sind-Saúde MG, e trabalhador do SUS
DJEISON STEIN, presidente do SINDSAÚDE/SC
EDSON CARNEIRO ÍNDIO, secretário-geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora
MODERAÇÃO:
HELOISA PEREIRA (Direção Nacional da Intersindical)
Crédito: Reprodução Facebook
Fonte: Comunicação do SEEB de Santos e Região com SEEB RJ, Contraf e Intersindical Central da Classe Trabalhadora