No semestre já são mais de R$ 14 bilhões e mesmo assim demitiu, retira vigilantes e portas giratórias colocando em risco funcionários e clientes; e há a prática de assédio para cumprimento de metas, segundo denúncias de inúmeros funcionários. A alta de alta de 11% na comparação com igual período de 2021, demonstra que o Bradesco pode e deve dar o reajuste proposto Comando Nacional dos Bancários
As receitas de prestação de serviços somaram R$ 9 bilhões no trimestre, alta de 6,7% em 12 meses e de 4,2% na comparação trimestral. Por outro lado, demitiu em massa, contribuindo para o desemprego no país, principalmente durante o pior momento da pandemia; retirou portas giratórias e vigilantes das Agências de Negócios (ANs) colocando em risco a segurança dos funcionários e clientes; e existem muitas denúncias de assédio para cumprir metas de vendas.
O Bradesco registrou lucro recorrente de R$ 7,04 bilhões no segundo trimestre de 2022, alta de 11% na comparação com igual período de 2021, informou o segundo maior banco privado do país nesta quinta-feira (4). No semestre o acumulado em lucros passa de R$ 14 bilhões, se somados com o lucro de R$ 7,009 do 1º trimestre.
“Esse valor demonstra que o Bradesco e os outros bancos podem dar o reajuste com reposição da inflação mais aumento de 5%, além de aumento maior para os vales refeição e alimentação. Pare de demitir, recoloque portas giratórias e vigilantes nas UNs; e principalmente combata o assédio moral dentro das agências”, enfatiza Ednilson dos Santos, dirigente sindical do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e bancário do Bradesco.
O número ficou um pouco acima do esperado. A projeção Refinitiv era de lucro de R$ 6,78 bilhões, ante resultado de R$ 6,8 bilhões no 1T22.
Segundo o banco, o resultado refletiu o desempenho da margem financeira com clientes, das receitas de prestação de serviços, das operações de seguros, além do controle das despesas operacionais. O ROAE (Retorno sobre patrimônio médio) foi de 18,1%, alta de 0,5 ponto percentual em doze meses.
As receitas de prestação de serviços somaram R$ 9 bilhões no trimestre, alta de 6,7% em doze meses e de 4,2% na comparação trimestral.
A carteira de crédito expandida atingiu R$ 855 bilhões (+18% versus o 2T21), com destaque para as operações de pessoas físicas, principalmente produtos de cartão de crédito e crédito pessoal/consignado, informou a instituição financeira.
“Em linha com essa evolução e em um movimento já esperado – dado o mix da carteira, que conta com operações mais rentáveis, e a alta nos juros/inflação – as despesas com PDD [provisão para devedores duvidosos] e índices de inadimplência também apresentaram crescimento”, apontou o banco.
A holding encerrou o 1º semestre de 2022 com 88.129 empregados, com abertura de 767 postos de trabalho em doze meses (641 no trimestre). Entretanto, nesse mesmo período foram encerradas 242 agências, enquanto foram abertas 92 unidades de negócio, totalizando, ao final de junho de 2022, 2.926 agências e 976 unidades de negócios. O total de clientes do banco aumentou em 4,3 milhões, totalizando 75,5 milhões de clientes.
Fonte: Infomoney e Contraf com edição da Comunicação do SEEB de Santos e Região