O movimento sindical tem recebido recorrentes reclamações sobre gestores que não permitem o uso de barba pelos funcionários; banco reafirma que não existe qualquer proibição nesse sentido em seus normativos.
Representantes dos trabalhadores entendem que o empregador não pode interferir em questões ligadas à identidade do bancário como, por exemplo, o uso de barba. Por isso, cobra dos bancos que respeitem a individualidade dos bancários. Entretanto, trabalhadores do Bradesco têm denunciado, de forma recorrente, perseguições e pressão por parte de gestores para que não usem barba.
Toda semana chegam novas reclamações. O banco foi questionado diversas vezes e a resposta é sempre a mesma: não existe qualquer proibição ao uso de barba nos normativos do Bradesco. Portanto, se o gestor `não gosta´ de barba, ele que abra a sua própria empresa e proíba seus funcionários de utilizá-la, uma vez que na empresa onde ele trabalha não existe essa proibição.
O uso da barba não pode justificar demissões, com ou sem justa causa. Se não existe proibição, o bancário não pode sofrer qualquer pressão ou perseguição, e muito menos ser demitido, por usar barba. O gestor deve respeitar a individualidade do trabalhador. Não é uma questão de gosto. Por outro lado, cabe ao Bradesco reorientar os gestores que insistem em discriminar esteticamente seus subordinados.
Caso antigo
Em 2010, o Bradesco foi condenado pela Justiça do Trabalho a pagar indenização de R$ 100 mil, destinada ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), por discriminação estética a seus funcionários que usavam barba. Mesmo assim, em 2015, um bancário foi demitido da instituição exatamente por esse motivo, apesar de o banco alegar que não foi essa a razão da dispensa.
# Denuncie qualquer tipo de discriminação para o Sindicato
Fonte: SEEB SP