Mais de 100 instituições do mercado financeiro são consultadas pelo Banco Central para a formulação do Boletim Focus
Os agentes do mercado financeiro consultados pelo Boletim Focus, publicação do Banco Central que sistematiza projeções econômicas, estimam que a inflação ao final de 2021 será de 7,11%. É a 20ª semana seguida que o documento aponta alta.
A previsão diz respeito ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), taxa oficial da inflação.
No Boletim passado, a estimativa é que o atual ano fecharia com inflação de 7,05%. Caso a projeção se confirme, a inflação de 2021 irá estourar o teto da meta inflacionária.
O centro da meta de inflação é de 3,75%. O teto e o piso são 5,25% e 2,25%, respectivamente. Os marcos da meta inflacionária são definidos pelo próprio Governo Federal, tendo como objetivo garantir alguma previsibilidade para os agentes econômicos no País.
Com esta previsão, o mercado financeiro também espera que a taxa básica de juros suba até 7,5% ao final de 2021, a mesma projeção da semana anterior. Atualmente, o índice está em 5,25%.
A expectativa para o crescimento econômico, por outro lado, caiu. O Boletim Focus projeta um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), conjunto das riquezas produzidas em bens e serviços, de 5,27%. A expectativa anterior era de 5,28%. Caso essa estimativa se confirme, a economia ficará em um patamar levemente maior que o verificado antes da pandemia – em 2020 houve uma queda de mais de 4% no PIB brasileiro.
Para 2022, o Focus também marcou uma alta na projeção da inflação de 3,90% para 3,93%. E da mesmas forma reduziu a expectativa de crescimento do PIB, de 2,04% para 2%.
Mais de 100 instituições do mercado financeiro são consultadas pelo Banco Central para a formulação do Boletim Focus.
Crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Fonte: reconta aí