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BC sobe novamente a Selic em 1,5 ponto, a 9,25% ao ano

9 de dezembro de 2021

A taxa é a maior em quatro anos, quando atingiu 9,25% em julho de 2017, ainda no governo de Michel Temer. Vai causar mais desemprego, diminuição de investimentos na indústria, diminuição econômica e menos consumo para suprir as necessidades da população

Conforme sinalizado na reunião anterior, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central (BC) elevou a taxa básica (Selic) novamente em 1,5 ponto percentual, a 9,25% ao ano, ontem quarta-feira (8).

 

A taxa é a maior em quatro anos, quando atingiu 9,25% em julho de 2017, ainda no governo de Michel Temer (MDB).

 

Na reunião anterior, em outubro, o BC elevou a taxa também em 1,5 ponto percentual e indicou que faria nova alta da mesma magnitude em seguida.

 

“Quando a inflação está alta, o Copom sobe os juros com o objetivo de reduzir o estímulo na atividade econômica, o que diminui o consumo, a atividade econômica tem menos investimentos, o desemprego aumenta, as pessoas são obrigadas a diminuírem suas necessidades, segundo especialistas. Mas para o Mercado Financeiro e o Governo o que interessa é, apenas, lucrar”, diz Eneida Koury, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.

 

De acordo com o relatório Focus desta semana, em que o BC divulga projeções do mercado, economistas esperam que os juros fechem 2022 a 11,25% ao ano.

 

A decisão veio em linha com as projeções do Mercado Financeiro. Levantamento feito pela Bloomberg mostrou que todos os analistas consultados esperavam elevação de 1,5 ponto na Selic.

 

O ciclo atual de alta da taxa básica é o mais agressivo desde 2002, com elevações bruscas, e é o que terá maior diferença entre a taxa inicial e a final desde a criação do sistema de metas para inflação, em 1999.

 

O choque de juros é uma resposta do BC à escalada de preços observada desde o fim do ano passado e às sucessivas revisões para cima das expectativas de inflação para o próximo ano.

 

Para este ano, há consenso no mercado e no BC de que a inflação deve estourar a meta fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) em 3,75% -com 1,5 ponto percentual de tolerância para cima e para baixo. As estimativas crescem semana a semana.

 

“Caso a condução da economia tivesse o objetivo de investimento em empregos, renda e na reindustrialização do país, o BC poderia reduzir juros para estimular a economia. Mas não, o interesse do banqueiro Paulo Guedes, ministro da Economia de Bolsonaro, é engordar os cofres dos rentistas, banqueiros e especuladores da bolsa, enfim é voltado totalmente ao Mercado Financeiro. Juros altos é igual a dívida pública brasileira maior no pagamento aos bancos, simples assim”, salienta Élcio Quinta, diretor financeiro do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.

 

Segundo o Focus, o indicador deve ficar em 10,18% em 2021, 4,93 pontos percentuais acima do máximo permitido. Há um mês, a projeção era de 9,33%.

 

No horizonte relevante -para quando o BC entende que a política monetária faz efeito- as expectativas de inflação vêm crescendo. Para 2022 e 2023 as projeções estão em 5,02% e 3,50%, respectivamente, ambas acima do centro das metas para os períodos, de 3,5% e 3,25%.

 

Para o próximo ano, o número já está acima do máximo permitido no intervalo de tolerância, que é de 5%.

 

A crise foi agravada pela percepção do mercado de piora no regime fiscal, quando o governo pode ser negligente com as contas públicas.

 

Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Fonte: Diário do Litoral/folhapress com edição da Comunicação do SEEB de Santos e Região

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Publicado por: Gustavo Mesquita

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