BB lança nova reestruturação, com dois programas (PAQ e PDE) para desligar 5 mil bancários. Fechará 361 unidades e dá início ao desmonte
O Banco do Brasil pretende fechar 361 unidades, sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento.
Eleito com o neoliberal Paulo Guedes a tiracolo para cumprir as promessas ao sistema financeiro, Jair Bolsonaro iniciou nesta segunda-feira (11) o processo de desmonte do Banco do Brasil.
Em comunicado ao mercado, assinado pelo vice-Presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores, Carlos José da Costa André, a instituição diz que vai fechar “361 unidades, sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 Postos de Atendimento (PA)”.
Foram aprovadas ainda, duas modalidades de desligamento incentivado voluntário aos funcionários: o Programa de Adequação de Quadros (PAQ) e o Programa de Desligamento Extraordinário (PDE), disponível a todos os funcionários do BB que atenderem aos pré-requisitos.
O banco pretende desempregar 5 mil funcionários nos dois programas de desligamento. O fim da adesão ocorrerá em 5 de fevereiro. O movimento sindical fez reunião com a diretoria do BB que está irredutível.
A diretoria do Sindicato de Santos e Região vai visitar algumas agências para saber da situação dos bancários. “Estatégicamente o banco descentralizou a regional e a dividiu em várias colocando suas bases em outras cidades fora da região”, diz Eneida Koury, presidente do Sindicato.
Extinção de cargos busca descomissionar funcionários
Além do desmonte do Banco Público, que afeta diretamente à população, os funcionários também serão atingidos. O plano é extinguir a função de Caixa Executivo, revertendo os trabalhadores nessa função a escriturários – que é a carreira de entrada no Banco do Brasil.
Outra mudança questionada pelos representantes dos funcionários do BB – além da perda da gratificação, é o regime de trabalho a que esses escriturários serão submetidos. O BB buscará implementar o caixa por demanda, causando extrema insegurança.
O descomissionamento dos funcionários alocados como Caixa Executivo será feito ainda em fevereiro. Além disso, os escriturários terão modificados a nomenclatura de seu cargo: a partir de hoje, serão chamados de Agentes Comerciais.
Crédito: Fabiano Couto
Fonte: Folha de São Paulo, Revista Fórum, reconta aí e SEEB de Brasília e comunicação do SEEB de Santos e Região