Sem qualquer negociação prévia com os sindicatos, a direção do Banco do Brasil anunciou nesta segunda-feira (3) mais um processo de reestruturação com impactos diretos sobre os funcionários, trazendo uma série de prejuízos
A direção do Banco do Brasil quer acabar com toda “CULTURA DE SOLIDARIEDADE” do funcionalismo com mais uma manobra destruidora que deturpa o conceito de “meritocracia”. De uma só vez o banco desrespeita as representações sindicais, com a mudança de remuneração fixa pra variável, sem contratação coletiva, mexe na PLR, aponta que quer burlar a jornada de 6h da Ditec e implicitamente sinaliza que os funcionários não entregavam os resultados, o que não é verdade.
Basta perguntar: onde estão e quem são as pessoas que foram colocadas no Banco sem passar pelo concurso ou por uma seleção interna? Quem não está se dedicando, muitas vezes colocando em risco a própria carreira para entregar resultados que foram determinados pela direção?
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A crueldade maquiada com um nome pomposo fora iniciada em dezembro de 2019, quando o Conselho de Administração SIMPLESMENTE ACABOU com a Vice-Presidência de GESTÃO DE PESSOAS, mudando o nome da diretoria para Diretoria de GESTÃO DA CULTURA E DE PESSOAS numa clara demonstração de descaso com a Política de Gestão de Pessoal para MAIS DE 90 MIL PESSOAS.
Além disso, em 03 de janeiro de 2020 nomeou Mauro Ribeiro Neto, indicado de Paulo Guedes no BB, como Vice-Presidente Corporativo e manteve Jose Avelar Matias Lopes como Diretor da Cultura. Ribeiro Neto é considerado um “especialista em desenvestimentos”, de forma que sua nomeação tem a inequívoca orientação de enfraquecimento do banco.
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O BB reduz o valor de referência das funções num programa de restruturação “cultural” que não estimula de forma alguma o encarreiramento, traz prejuízos imediatos para os Gerentes de Relacionamento, reduz a médio e longo prazos a arrecadação da CASSI e da PREVI (o PDG não tem recolhimento) e também em curto espaço de tempo colocará os gestores para trocar funcionários “mais caros” por “mais baratos” por meio dos descomissionamentos com avalições subjetivas e tendenciosas.
O programa é denominado “PERFORMA – Desempenho e Reconhecimento”, para o qual o BB afirma que utilizou pesquisas de mercado no segmento bancário para rever os atuais modelos de remuneração, premiação e avaliação utilizados no banco.
Ou seja, com esse programa, a direção do banco quer de uma só vez:
>> Trocar a remuneração fixa por variável;
>> Utilizar a avaliação de desempenho para cobrar entregas impossíveis;
>> Favorecer no PDG 30% em detrimento de 70% e
>> Ameaçar e punir com descomissionamento todos com função gratificada ou de confiança.
A diretoria ainda alega que levou em consideração “a necessidade de incentivar o melhor desempenho”, como se até as paredes do banco não soubessem que o corpo funcional já está no limite de sua produtividade, com um nível de estresse acima dos padrões aceitáveis, o que aumentará a incidência de adoecimento físico e mental.
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Fonte: Enfrente & SEEB DF – 03/02/2020