O Banco do Brasil manteve em novembro a liderança do ranking de maior registro de reclamações entre os bancos com mais de 1 milhão de clientes. Segundo levantamento do Banco Central, houve registro de 346 queixas procedentes do BB. Em outubro, o BB também liderou o ranking, com 321 contestações procedentes.
Após o BB aparecem Bradesco (310), Itaú (204) e HSBC (31). Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (17), em Brasília.
“Além das 346 reclamações procedentes, o BB apresenta outras 1.243 reclamações que não foram contabilizadas por não envolverem descumprimento de normativos do Conselho Monetário Nacional ou do Banco Central, mas que devem ser levadas em consideração”, afirma William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
“Os bancários têm se esforçado para atender bem e fazer do BB um banco útil ao povo brasileiro, mas a direção da empresa não tem ajudado. Estamos encerrando um ano em que nunca ficou tão evidente a falta de respeito do banco para com seus funcionários, pois segue forçando com metas abusivas e assédio às pessoas que exerceram o direito de greve”, ressalta o dirigente sindical.
“O BB não cumpre sequer os acordos assinados com os trabalhadores como, por exemplo, gastar três meses para implantar um direito de remoção interna, o que prejudicou centenas de trabalhadores”, salienta William.
Os dados mostram também que o número de reclamações feitas ao BC contra instituições financeiras caiu de outubro para novembro. No mês passado, as queixas consideradas procedentes pelo BC chegaram a 1.382 contra os bancos, o equivalente a uma queda de 6,49% em comparação a outubro. Em relação a novembro de 2011, a redução foi de 11,9%.
O ranking aponta que a principal reclamação contra os bancos (217 casos) foi o débito não autorizado. Em seguida, vem a cobrança irregular de tarifa ( 172 casos) e a prestação de serviço irregular da conta-salário (167 casos).
Em outubro, foram recebidas 935 reclamações procedentes entre os bancos com mais de um milhão de clientes. As principais queixas foram igualmente relacionadas à verificação de débitos em conta corrente que não haviam sido autorizados pelo cliente, a cobrança de tarifas por serviços não contratados e a irregularidades na conta-salário, como a transferência de valores fora do prazo ou a não abertura da conta após solicitação e a prestação de informações de forma pouco clara.
Fonte: Contraf