Banco público abriu concorrência para selecionar agência responsável por sua propaganda; enquanto isso, instituição reduz salários, número de agências e funcionários.
O Banco do Brasil lançou concorrência para escolher a agência responsável por sua comunicação nos próximos 12 meses. A empresa vencedora administrará uma verba de publicidade de R$ 500 milhões anuais, a maior do governo Temer. Enquanto isso, o banco público passa por um processo de desmonte, que prejudica bancários e população.
Já foram eliminados cerca de dez mil postos de trabalho por meio do PEAI [Programa Extraordinário de Aposentadoria Incentivada]. Além disso, o banco prevê fechar 402 agências e transformar outras 379 em postos de atendimento bancário (PABs). Com essa reestruturação, bancários estão perdendo cargos e, por consequência, sofrem redução nos salários. Todo banco, público ou privado, investe em publicidade. Entretanto, em meio a um processo de desmonte da instituição, como o bancário enxergará cifras tão altas investidas em propaganda?
E o desmonte não afeta apenas os trabalhadores, que são ainda mais sobrecarregados, mas também a população. Com um menor número de funcionários, o atendimento fica precarizado. O BB é fundamental para o desenvolvimento do país e controle social da economia, principalmente na questão das taxas de juros. Bancários e a sociedade em geral precisam se mobilizar para defender o Banco do Brasil.
Crédito: Fernando Diegues
Fonte: SEEB SP