Inúmeros programas de redução das taxas de juro e aumento das linhas de crédito para pessoas físicas e micro e pequenas empresas: essa é a nova política do governo federal para o Banco do Brasil. A medida que intensificou o movimento nas agências não veio acompanhada, entretanto, do aumento do quadro funcional no banco, que permanece insuficiente em face das demandas exigidas dos bancários pela direção do BB. O resultado é sobrecarga de trabalho, assédio organizacional para cumprimento de metas, estresse e adoecimento.
A palavra crédito virou obsessão no Banco do Brasil e tem levado os funcionários à loucura. Mas não vimos nenhum dos diretores do BB, executivos e demais administradores erguerem a voz para dizer que para atingir as metas e cumprir as ordens do governo é fundamental contar com um contingente maior de trabalhadores. É urgente que a direção do Banco do Brasil ouça seus funcionários. Sem investimento na contratação de mais bancários, os programas implementados pelo governo só servirão para trazer adoecimento às agências.
É lamentável ainda a postura do governo que investe demais em linhas de crédito para pessoas físicas e esquece-se de aumentar os investimentos na linha de produção. É papel do banco público contribuir com a estruturação do país e não apenas estimular o consumo exacerbado.
Fonte: SEEB Espírito Santo