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Bancos seguem intransigentes e dizem que farão ‘proposta global’ dia 5

27 de agosto de 2013

Os banqueiros estão irredutíveis as nossas reivindicações, portanto é preciso pressioná-los através de mobilizações fortes como a do dia 30, nesta sexta-feira, como aponta o calendário de lutas nacional dos bancários abaixo.

Todos temos fazer greve na Baixada Santista, Estado de São Paulo e pelo Brasil afora!!!!!!

O Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban se reuniram dias 26 e 27 de agosto, em São Paulo, para a terceira rodada de negociação da Campanha 2013; em discussão as cláusulas econômicas. Entre as propostas apresentadas pelos representantes dos bancários estão 5% de aumento real e reposição da inflação do período, valorização do piso, Plano de Cargos e Salários (PCS), adiantamento do 13º, salário do substituto, vale-cultura e PLR de três salários mais a parcela adicional fixa de R$ 5.553,15. 

A Fenaban não fez uma contraproposta, além de já negar algumas cláusulas de imediato na mesa de negociação, e informou que irá levar as demandas para as instituições financeiras e que apresenta ‘proposta global’, isto é, que contemple a pauta geral de reivindicações dos trabalhadores, na próxima quinta-feira, 5 de setembro, às 14h.

Conjuntura do sistema financeiro – Na abertura da rodada nesta segunda-feira, o Comando Nacional fez uma rápida análise de conjuntura do sistema financeiro, apresentando dados e fazendo avaliação sobre os lucros crescentes das instituições, a rentabilidade, a evolução do emprego e dos salários e a concentração de renda no setor, que é ainda maior que no resto da sociedade. Os seis maiores bancos (BB, Itaú, Bradesco, Santander, Caixa Federal e HSBC) tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre, que representa a maior rentabilidade do sistema financeiro mundial. Em contrapartida, continuam fechando postos de trabalho e reduzem a média salarial da categoria com a rotatividade.

Produtividade cresce e salário médio cai – O Comando apresentou ainda estudo do Dieese feito a partir dos balanços dos bancos mostrando que, enquanto o número de bancários por agência diminuiu 5% (de 24,15 para 22,95) entre junho de 2012 e junho de 2013, em razão do enxugamento de postos de trabalho, no mesmo período o lucro líquido por bancário aumentou 19,4%, a carteira de crédito por empregado cresceu 19,8% e o número de conta-corrente por trabalhador passou de 285 para 304 (crescimento de 6,9%).

Apesar do aumento da produtividade e dos ganhos reais da categoria com mobilizações e greves, que entre 2004 e 2011 foi de 13,94% no salário e 31,70% no piso, a remuneração média (salário mais verbas fixas) dos bancários diminuiu nesse período. Segundo dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e Emprego, a remuneração média da categoria em 2004, deflacionado pelo INPC, era de R$ 4.817,12 . Em 2011 (último ano disponível pela Rais), o valor médio salarial do bancário caiu para R$ 4.743,59 – uma redução de 1,5% no poder de compra dos salários.

Cláusulas econômicas: principais demandas 


Reajuste de 11,93% e piso do Dieese – Os representantes dos bancários defenderam o reajuste de 11,93%, que inclui a inflação do período mais 5% de aumento real, argumentando sobre a importância de recompor o poder de compra do salário e valorizar o piso salarial, conforme o salário mínimo do Dieese (R$ 2.860,21), diante dos lucros crescentes dos bancos e do aumento da produtividade.
Os negociadores da Fenaban primeiro disseram que o reajuste sobre o piso esse ano será o mesmo que sobre as demais verbas, mas diante da argumentação do Comando afirmaram que levarão a demanda para os bancos.
 
PCS – A reivindicação dos bancários é que as empresas tenham critérios objetivos e transparentes para a ascensão profissional, o que inclui reajuste anual de 1% todas as verbas de natureza salarial e a partir do quinto ano completo de serviço o reajuste será de 2%.

Os bancários também reivindicam dos bancos a movimentação horizontal e/ou vertical de pelo menos um nível na tabela salarial a cada cinco anos na mesma função. E para os cargos das carreiras administrativas, operacional e técnica querem que o preenchimento seja feito por meio de seleção interna.

Salário do substituto – A reivindicação é que nas substituições, mesmo em caráter provisório, seja garantido ao substituto o mesmo salário do substituído.
 
Vale-cultura – O objetivo é incentivar a diversidade cultural, conforme prevê a Lei 12.761/2012, exigindo que os bancos concedam todo mês aos trabalhadores um vale-cultura de R$ 100,00 para compra de ingressos para peças teatrais, cinema, shows, musicais, bem como para outros espetáculos artísticos.

PLR – A reivindicação dos bancários é de PLR equivalente a três salários mais valor fixo de R$ 5.553,12 e que não pode ser compensado nos planos próprios de remuneração variável. O Comando argumentou que a cada ano diminui a massa salarial dos bancários e, como há falta de transparência nos balanços dos bancos, a categoria quer mudar a regra de forma a torná-la mais simples e fácil de compreender.

Os dirigentes sindicais frisaram que os bancários querem maior percentual de distribuição da PLR, mais próximo do tamanho do lucro das empresas, e elevação dos tetos que limitam os valores a serem distribuídos. E cobraram dos bancos uma discussão séria sobre os PDDs, as provisões para devedores duvidosos, cujos montantes os bancos vêm aumentando sem justificativa técnica, o que diminui a PLR. Com essas provisões, só os trabalhadores perdem.

Auxílios-refeição, cesta-alimentação e creche/babá – A reivindicação dos bancários é aumentar os auxílios-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio creche/babá para R$ 678,00, equivalente ao salário mínimo nacional.

Gratificação semestral – Os bancários reivindicam o pagamento de uma gratificação semestral de 1,5 salário para todos os trabalhadores nos meses de janeiro e julho. Alguns estados (RS, BA, PB e SE) e bancos em outros estados já pagam essa verba salarial há muitos anos, no valor de um salário.

Auxílio educacional – O Comando reivindicou o pagamento de um auxílio educacional por todos os bancos, para empregados que estejam cursando ensino médio, graduação e pós-graduação. Várias instituições já concedem bolsas de estudo.

Previdência complementar – Os bancários reivindicam que todos os bancos instituam e patrocinem planos de previdência complementar fechados para todos os trabalhadores, com o objetivo de garantir a complementação de aposentadoria e pensão por morte e invalidez. Vários bancos já são patrocinadores de fundos para os seus funcionários.
 
Calendário de luta
 
Agosto
 
28 – Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização
29 – Terceira rodada de negociação específica entre Comando e BB
29 – Terceira rodada de negociação específica entre Comando e Caixa
30 – Dia Nacional de Mobilização e Paralisação das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora
 
Setembro
 
3 e 4 – Mobilização em Brasília para pressionar deputados contra PL 4330 na CCJC da Câmara
5 – Quarta rodada de negociação entre o Comando e a Fenaban

Fonte: SEEB Santos, FEEB e Contraf

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