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Bancos privados apostam no corte de pessoal

7 de maio de 2013

É com a tesoura nas mãos que os bancos estão buscando compensar os juros mais baixos que passaram a ser cobrados dos consumidores um ano atrás.

Juntos, os três maiores bancos privados do país – Itaú Unibanco, Bradesco e Santander – tiveram despesas administrativas e de pessoal de R$ 18,685 bilhões no primeiro trimestre deste ano, uma cifra apenas 3,23% maior que em igual período de 2012. O crescimento bastante abaixo da inflação ganhou aplausos dos analistas.
Em um ano, o quadro de funcionários do trio de bancos encolheu em 10.217 postos. Pode parecer pouco para bancos que empregam hoje 252.632 pessoas, mas chama a atenção, já que a indústria bancária vinha contratando até 2011.

Quem mais reduziu a quantidade de funcionários de março do ano passado a março deste ano foi o Itaú Unibanco, com 6.339 postos a menos. Em seguida está Bradesco, com 2.309, e, por fim, Santander, que fechou 1.569 postos.

Para este ano, a promessa dos três bancos a investidores é de manutenção dos gastos sob rédeas curtas. No Santander, por exemplo, gastos administrativos e de pessoal ficaram em R$ 3,89 bilhões, com crescimento de 0,7% em relação ao primeiro trimestre de 2012. Ao longo de 2013, segundo Marcial Portela, presidente do Santander, esse número não deve avançar mais do que metade do índice de inflação.

As receitas de prestação de serviços também contribuíram para compensar os spreads menores, com alta de 13,92% para os três bancos juntos, a R$ 12,42 bilhões.

Outro fator que vem ajudando Bradesco e Itaú Unibanco a compensar spreads mais baixos é a melhora da qualidade dos empréstimos concedidos. O índice de inadimplência em ambos os bancos recuou nos últimos 12 meses até março deste ano. No Santander, ainda está em elevação, para surpresa de analistas.

É por isso que o spread de crédito líquido das provisões para empréstimos e devedores duvidosos do Itaú Unibanco caiu 0,3 ponto percentual em um ano, para 7%, menos que a queda do spread bruto, que recuou 1,8 ponto percentual, para 11,6%.

Um maior volume de operações de crédito também pode ajudar a gerar receitas de intermediação financeira maiores, mesmo com spreads mais baixos. Porém, essa é uma fórmula que não tem sido usada com sucesso pelos bancos.

Em 12 meses, a carteira de crédito de Itaú Unibanco, Bradesco e Santander cresceu apenas 7,9%. O número foi sustentado principalmente pelo Bradesco, que alcançou um crescimento de 10,43% em um ano.

Para o analista Carlos Macedo, do Goldman Sachs, a explicação para a expansão mais moderada dos desembolsos pode estar associada à própria decisão do governo de forçar a redução dos spreads. “Se os bancos sabem que têm de cobrar menos, eles vão se focar mais nos bons clientes. O resultado é que pararam de emprestar.”

Ainda são as instituições públicas, principalmente Caixa e Banco do Brasil, que estão à frente na corrida por expansão dos empréstimos com os bancos privados, conforme mostram dados do Banco Central. Em 12 meses até março, o saldo da carteira dos bancos estatais avançou 29%. Isso, na opinião de Macedo, deve contribuir para a manutenção dos spreads em níveis mais baixos do que nos últimos anos.

Fonte: Valor Econômico

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