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Bancos lucram muito e não geram empregos aos bancários

23 de março de 2022

O setor bancário apresentou saldo positivo de emprego em janeiro deste ano. Segundo últimos dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), foram realizadas 2.250 admissões e 1.631 desligamentos, o saldo ficou positivo em 619 vagas. Mas grande parte são para Tecnologia da Informação (TI), que não são enquadrados como bancários

Os bancos têm apresentado saldo positivo de empregos desde abril de 2021. No acumulado de 12 meses (fevereiro de 2021 a janeiro de 2022), foram criados 7.711 postos de trabalho, decorrentes principalmente das contratações da Caixa – devido a ação judicial vitoriosa do movimento sindical bancário, que obrigou a Caixa a chamar os concursados de 2014 – e da ampliação de postos não ligados diretamente aos serviços bancários, como o de profissionais de TI.

 

Mas é importante lembrar que desde o início da pandemia, em março de 2020, até janeiro de 2022, o setor bancário fechou 4,7 mil postos de trabalho.

 

Lucros

Os cinco maiores bancos no Brasil, Itaú, BB, Bradesco, Caixa e Santander abocanharam nos dois anos de pandemia e crise econômica, 2020 e 2021, mais de 144, 5 bilhões de reais em lucros líquidos juntos.

 

Demissões sem justa causa ou a pedido

Nos últimos 12 meses, foram 36.348 demissões, sendo que 42,1% foram demissões sem justa casa e 40,0% desligamento a pedido. Em janeiro, as demissões a pedido superaram a soma de todas as outras modalidades de desligamentos, é o maior patamar dos últimos 12 meses. Sobre as admissões, a denominação Tipo Ignorado trata-se de reemprego e foi a única modalidade de contratação no mês.

 

Importante destacar que as demissões a pedido, em janeiro de 2022, estão concentradas nos Bancos Múltiplos com Carteira Comercial (no qual se enquadram os quatro maiores: BB, Itaú, Bradesco e Santander): 88,8% da totalidade.

 

Por estados

Em janeiro, dentre as 27 unidades da federação, 17 apresentaram saldo positivo, 9 acusaram saldo negativo e em uma localidade o saldo foi zerado. O estado de São Paulo respondeu pela abertura de 519 vagas, sendo que somente na capital foram 490 novos postos. O maior resultado negativo ocorreu no estado do Rio de Janeiro com a eliminação de 24 vagas.

 

Faixa Etária e Sexo

Em janeiro, como nos demais meses, o saldo positivo foi mais atribuído ao sexo masculino com abertura de 379 postos, enquanto houve criação de 240 postos de trabalho das mulheres.

 

Já em relação as faixas etárias, é possível observar saldo positivo entre as primeiras faixas, até 29 anos, com aumento de 724 vagas e para as faixas etárias acima dos 30 anos, foi notado movimento contrário, com o fechamento de 105 vagas.

 

Remuneração Média

O salário mensal médio de um bancário admitido em janeiro alcançou o valor de R$ 5.449,16 enquanto o do desligado foi de R$ 6.632,47. Ou seja, o salário médio do admitido correspondeu a 82,2% do desligado.

 

No Brasil

Os primeiros dados de 2022 do Novo Caged informam que o emprego celetista no Brasil registrou saldo positivo de 155.178 postos de trabalho. Esse resultado decorreu de 1.777.646 admissões e de 1.622.468 desligamentos. O saldo, 38,9% inferior ao registrado em igual período de 2021, indica uma desaceleração na criação de postos formais.

 

Em janeiro de 2022, o saldo positivo no nível de emprego ocorreu em quatro dos cinco Grandes Grupamentos de Atividades Econômicas: Serviços (+102.026 postos), Indústria geral (+51.419 postos), concentrado na Indústria de Transformação (+48.802 postos); Construção Civil (+36.809 postos); e Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+25.014 postos); o Comércio, por outro lado, obteve saldo negativo (- 60.088 postos).

 

Já os números da PNAD Contínua, referentes ao quarto trimestre, indicam que 62,5% da população em idade de trabalhar estava na força de trabalho. A população ocupada, estimada em 95,7 milhões de pessoas, era composta por 66,9% de empregados (incluindo empregados domésticos), 4% de empregadores, 27,1% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2% de trabalhadores familiares auxiliares.

 

Em relação à população desocupada, 12 milhões de trabalhadores, cabe destacar que a taxa foi estimada em 9% para os homens e 13,9% para as mulheres. Ou seja, o desemprego atinge mais as mulheres que os homens.

 

O contingente de pessoas subutilizadas – pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada – chegou a 28,3 milhões.

Fonte: SEEB de São Paulo com edição do SEEB de Santos e Região

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Publicado por: Gustavo Mesquita

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