O número é recorde e reflete a ânsia por lucros cada vez maiores à custa da classe trabalhadora
Segundo dados do Banco Central, os bancos encerraram o ano passado com 21.062 agências em funcionamento, 1.485 a menos do que em 2016, a maior redução da série.
O movimento foi liderado pelo Banco do Brasil, que sozinho fechou 670 agências, dentro de um processo de reestruturação que também envolveu um programa de demissão de voluntária (PDV).
O Bradesco encerrou 564 agências, após a compra do HSBC, em 2016, operação que acrescentou cerca de 850 postos físicos ao grupo. A rede do Itaú diminuiu em 125 postos e a Caixa Econômica Federal encerrou 18 agências. O Santander Brasil foi o único entre os cinco maiores do país a ampliar a rede, com 3 agências a mais.
Embora o pano de fundo desse movimento, o foco no ganho de eficiência e redução de custos, deve seguir uma ênfase dos bancos para este ano, com previsão de que os custos administrativos cresçam no máximo a inflação do período, o ritmo de redução de agências vai diminuir, ou até parar.
A redução de agências sobrecarrega os funcionários e dificulta o acesso de parte dos clientes, que pagam tarifas altíssimas e muitas vezes são empurrados para o autoatendimento. A sobrecarga para os bancários causa adoecimento e assédio para o cumprimento de metas sempre maiores. Todo esse movimento só interessa para ampliar os lucros astronômicos dos banqueiros
Fonte: Com informações da Reuters e Seeb Santos