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Bancos fecham 6.785 postos de trabalho no primeiro semestre do ano

8 de agosto de 2016

São Paulo e Rio de Janeiro foram os estados onde mais ocorreram cortes. Do total de desligamentos, 62% foram por demissão sem justa causa

O desemprego no setor bancário atinge números alarmantes. De janeiro a junho de 2016, os bancos brasileiros fecharam 6.785 postos de trabalho no país. Os dados fazem parte da Pesquisa do Emprego Bancário (PEB), com base nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.

Somente cinco estados registraram saldo positivo no emprego bancário. São Paulo foi o estado onde ocorreram mais cortes (menos 3.715 postos), seguido pelo Rio de Janeiro (com corte de 1.086 postos). O Pará registrou crescimento no emprego bancário, com a criação de 77 postos de trabalho.

A análise por Setor de Atividade Econômica revela que os Bancos Múltiplos com Carteira Comercial, categoria que engloba grandes instituições como Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander fecharam 5.304 postos de trabalho. Somente a Caixa Econômica Federal foi responsável pelo corte de 1.469 postos de trabalho, em decorrência de um plano de incentivo à aposentadoria.

As pesquisas estão apontando uma tendência de redução do número de empregados de bancos não importando se os bancos cresçam e aumentem sua clientela. Os banqueiros estão empurrando o cliente para fora das agências físicas para baratear os seus custos. A sociedade vai pagar este preço.

Motivos dos Desligamentos

Do total dos desligamentos ocorridos nos bancos, 62% foram por demissão sem justa causa, perfazendo 10.916 demissões. Os desligamentos a pedido do trabalhador representaram 28% do total e totalizaram 4.928.

Desigualdade entre homens e mulheres

As 5.371 mulheres admitidas nos bancos no primeiro semestre de 2016 recebem, em média, R$ 3.101,62. Esse valor correspondeu a 73,2% da remuneração média auferida pelos 5.484 homens contratados no mesmo período, que foi de R$ 4.235,69.

No momento do desligamento também se observou diferença na remuneração entre homens e mulheres. As mulheres que tiveram o vínculo de emprego rompido nos bancos no primeiro semestre do ano receberam R$ 5.507,00, que representou 72,8% da remuneração média dos homens desligados dos bancos no período.

Faixa Etária

Os bancários admitidos concentraram-se na faixa etária de 18 a 24 anos, o que fez com que o saldo de emprego nessa faixa fosse positivo em 2.384 postos. Já os desligamentos se concentraram nas faixas etárias superiores a 25 anos de idade e, especialmente, na de 30 a 39 anos, que registrou um corte de 2.628 postos de trabalho. Esses jovens trabalhadores contratados pelos bancos no período receberam remunerações médias bem inferiores às dos desligados.

Fonte: Com informações da Contraf

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