Na sétima rodada de negociações e 8º dia de greve, os banqueiros são taxativos ao dizer que querem impor reajuste abaixo da inflação. Mais respeito! A greve continua!
Novamente, na sétima rodada de negociação realizada nesta terça-feira (13/9), a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) desrespeita mais uma vez a categoria e empurra a negociação para quinta-feira, 15, a partir das 16 horas. A reunião foi suspensa no início da noite de hoje (13).
A atual proposta apresentada pelos banqueiros, na sexta-feira (9), é de reajuste de 7% e abono de R$ 3.300. O índice abaixo da inflação para aqueles que trabalham e lucram para os patrões mais do que qualquer outro setor da economia é humilhação. Os banqueiros tiveram o lucro mais alto, entre todos, no 1º semestre: R$ 29,7 bilhões somando apenas o resultado dos cinco maiores (Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa).
Mesmo assim, irônicos, dizem só poder reajustar salários abaixo da inflação e conceder abono. Claro, com objetivo de rebaixar salários. Além disso, demitiram juntos 13.606 bancários e bancárias. Uma prática que faz com que as instituições financeiras ganhem cada vez mais com a sobrecarga de trabalho de seus funcionários. Menos bancários nas agências e mais clientes para atender: um quadro perverso para trabalhadores e clientes que engorda os cofres dos banqueiros.
A greve vai continuar forte na Baixada Santista e em todo o país.
“Não toleramos desrespeito com os trabalhadores e tentativa de desvalorizar os salários, direitos e benefícios. Em 2015, os cinco maiores bancos brasileiros lucraram quase R$ 70 bilhões! O lucro é 16,2% maior que o alcançado em 2014. Este ano já alcançaram R$ 30 bilhões no primeiro semestre”, diz Eneida Koury, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
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Principais reivindicações dos(as) Bancários(as)
Reajuste salarial: reposição da inflação (9,62%) mais 5% de reajuste;
PLR: 3 salários mais R$8.317,90;
Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último);
Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo);
Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês;
13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês;
Melhores condições de trabalho com o fim das metas e do assédio moral que adoecem os bancários;
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas;
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários;
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Fonte: Imprensa Seeb Santos e Região
Escrito por: Gustavo Mesquita