Fornecimento de máscaras adequadas e o retorno do home office para trabalhadores com comorbidade são duas das reivindicações que permanecem. Contatantes com casos confirmados devem ser testados antes do retorno
Em reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), realizada segunda-feira (31/01), os bancos deram retorno sobre as reivindicações da categoria com relação aos protocolos de segurança sanitária para garantir a saúde e a vida da categoria, apresentadas na reunião realizada do dia 18 de janeiro.
Na opinião dos sindicalistas a resposta foi insuficiente, muitos protocolos ficaram de fora e vão continuar a luta em defesa da saúde e vida da categoria.
Um avanço
Os bancos garantiram que os trabalhadores que mantiveram contato com colegas com caso confirmado de Covid-19 devem ser testados para que haja o retorno ao trabalho. Caso não haja condições de efetuar o teste, o retorno deve ocorrer somente no 11º dia após o contato, informou o Comando dos Bancários.
Testes e retornos
A Fenaban disse que os bancos vão enviar comunicados aos gestores orientando o afastamento de 10 dias, com retorno somente a partir do 11º dia, caso haja um segundo teste negativo, após o 5º dia de sintomas. No caso de não haver testes disponíveis, o retorno pode ser reduzido para 7 dias, com retorno a partir do 8º dia,.
Home office
Em decorrência do novo aumento dos casos de contaminação, internações e óbitos por Covid-19, o Comando Nacional dos Bancários voltou a cobrar o retorno do teletrabalho, principalmente para aqueles que possuem alguma doença que possa ser agravada nos casos de contaminação pelo vírus da Sars-Cov-2 (comorbidade).
Máscaras
Os bancos não aceitaram fornecer máscaras adequadas para seus funcionários, que sejam capazes de minimizar as possibilidades de contágio e transmissão do vírus. Alegam que existem bancários que preferem usar suas próprias máscaras de pano. Porém, especialistas já confirmaram que as máscaras de pano não protegem contra a variante Ômicron.
Vacinação contra a gripe
O Comando reivindicou ainda que os bancos adiantem a vacinação contra a gripe, como forma de prevenção contra a doença e para evitar que haja confusão dos casos de gripe com os de Covid-19, uma vez que os sintomas são muito parecidos.
A Fenaban informou que os bancos vão adquirir as vacinas assim que as mesmas forem disponibilizadas, com a atualização da fórmula para a proteção contra a H3N2 e as novas cepas do vírus da gripe. Mas, pode ser que não haja tanta antecipação, pois os laboratórios precisam produzir a vacina e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisa autorizar a importação. A previsão é de que a vacinação nos bancos seja realizada entre abril e junho, dependendo de quando a nova vacina ficar pronta e do tempo que a Anvisa levará para autorizar sua importação.
Reivindicações ainda negadas pelos bancos
Sanitização das agências e unidades administrativas com casos confirmados;
Exigência do passaporte da vacina dos clientes;
Distribuição de máscaras adequadas (PFF2/N95) para os funcionários;
Protocolo unificado;
Retomada do teletrabalho em home office;
Controle de acesso de clientes;
Redução do horário de atendimento para diminuir tempo de exposição;
Garantia de álcool-gel nas agências e departamentos;
Manutenção de marcação do distanciamento;
Suspensão de visitas a clientes, pelo menos neste momento de alta de casos de infecção;
Melhorar o atendimento da telemedicina;
Compromisso com a não-demissão;
Antecipação da vacinação contra a gripe.
O Sindicato continua sua fiscalização pelos protocolos na Baixada Santista. Os bancários e bancárias devem denunciar a falta de prevenção dos bancos. Não coloque sua vida em segundo plano para enriquecer os banqueiros!
Crédito: Agência Brasil/EBC
Fonte: Contraf com edição da Comunicação SEEB de Santos e Região