O Santander está demitindo funcionários que estão entrando para trabalhar e furando a greve nacional dos bancários. Várias denúncias chegaram ao movimento sindical, evidenciando o desrespeito do banco espanhol com o Brasil e os brasileiros.
Na última quarta-feira (9), a GA de uma agência em Duque de Caxias, no interior do Estado do Rio de Janeiro, solicitou uma funcionária (caixa) em greve para voltar ao trabalho e fazer o pagamento dos idosos do INSS que venham a ter problemas com renovação de senha e troca de cartão, que só podem ser resolvidos no interior do estabelecimento.
A gestora só esperou a colega "bater o ponto" para entregar uma carta de demissão.
Quando a categoria entra em greve, o contrato de trabalho é suspenso, daí o banco não pode fazer demissões, mas se o funcionário entra e 'bate o ponto' essa condição automaticamente deixa de existir.
Outra gerente foi demitida ao entrar numa agência em Nova Iguaçu, também no Estado do Rio. Ela, porém, "não bateu o ponto". A dispensa ocorreu numa unidade que está inclusive ameaçada de fechamento.
Houve ainda demissões de vários gerentes no Paraná também durante a greve, o que mostra a irresponsabilidade social do banco. É também uma prática antissindical intolerável do Santander.
Mais de 3 mil cortes de empregos em um ano
No primeiro semestre de 2013, já foram fechados 2.290 postos de trabalho em todo país. Em relação ao quadro do banco em junho de 2012, a redução foi de 3.216 funcionários.
No entanto, o Santander teve lucro líquido gerencial de R$ 2,929 bilhões no primeiro semestre e o Brasil continua sendo o responsável pela maior fatia do lucro mundial do banco espanhol, com 25% de participação no resultado total do grupo.
Fonte: Contraf com sindicatos