O Banco do Brasil lucrou R$ 7,070 bilhões, nos primeiros nove meses de 2016. O valor representa queda de 40,5%, em relação ao mesmo período de 2015. Segundo o banco, essa diferença decorreu principalmente a criação da Cateno, no ano anterior, e da maior provisão relacionada ao caso específico do segmento empresarial de óleo e gás ocorrida no 1º semestre de 2016.
O banco somou 5.430 agências em setembro de 2016, 6 a mais que no mesmo mês de 2015. O número de clientes também cresceu em 1,227 milhão, somando 64,6 milhões de clientes. Em contrapartida, são 193 empregados a menos que em setembro de 2015. O banco registrou 109.159 trabalhadores em setembro deste ano.
Para o movimento sindical, o lucro do banco é grande o suficiente para que ao invés de fechar agências, possa melhorar o atendimento aos seus clientes, com mais contratações e abrindo novos concursos. O lucro mostra que os funcionários do BB continuam trabalhando muito e, de fato, merecem uma valorização por isso.
O patrimônio líquido ajustado totalizou R$ 85,7 bilhões, com alta de 2,3% no período. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio foi de 10,0%, com queda de 8,2 p.p. em doze meses. Já o lucro líquido ajustado, que exclui resultados extraordinários, alcançou R$ 5,424 bilhões, tendo queda também expressiva de 39,4%.
A carteira de crédito ampliada totalizou R$ 734,0 bilhões, com queda de 6,9% em doze meses. A carteira pessoa física somou R$ 186,2 bilhões (+3,6% em 12 meses), a de pessoa jurídica R$ 316,8 bilhões (-10,8%) e a de agronegócio R$ 180,0 bilhões (+4,5%). Destaque para a carteira de crédito imobiliário total, incluindo PF e PJ, que atingiu R$ 53,1 bilhões ao final de setembro/16, expansão de 13,2% em doze meses.
O índice de inadimplência foi de 3,51% em setembro de 2016 e registrou alta de 1,45 p.p. em doze meses, sob impacto do segmento de óleo e gás. As despesas com provisões somaram R$ 20,7 bilhões, com alta de 8,2% em doze meses.
Entre os resultados do banco destacam-se as receitas de R$ 41,1 bilhões com Títulos e Valores Mobiliários (TVM), que tiveram queda de 15,3%. As receitas com serviços e tarifas totalizaram R$ 17,6 bilhões com elevação de 7,0%, enquanto as despesas com pessoal (inclusive PLR) somaram R$ 16,9 bilhões (-0,1%), o que resultou num índice de cobertura de 103,8% em setembro de 2016.
Fonte: Com informações da Contraf