O Banco do Brasil aumentou a distância do Itaú Unibanco e se consolidou como maior banco do País. No segundo trimestre do ano passado, a distância entre os dois era de R$ 2,4 bilhões em ativos a favor do BB. Este ano, a distância se ampliou para R$ 104,1 bilhões. Na comparação com o Bradesco, o BB está R$ 200 bilhões à frente e fechou junho com R$ 755 bilhões em ativos, expansão de 26%.
Além das aquisições do Banco Nossa Caixa e de 49,9% do Votorantim, o presidente do BB, Aldemir Bendine atribui o crescimento do banco à melhora de renda da população brasileira. Segundo ele, nos últimos anos, foram incorporados ao sistema financeiro 30 milhões de pessoas, que passaram a tomar crédito e usar serviços bancários.
O BB voltou no segundo trimestre a apresentar taxas mais robustas no crédito e cresceu mais que seus concorrentes privados. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o banco público cresceu 29%, ante 15% do Bradesco e 11% do Itaú. Na comparação com o primeiro trimestre, o resultado do BB também foi mais expressivo, com 6,9%, ante 4% dos dois privados.
Em 2009, o BB já havia liderado a expansão no crédito, mas naquele ano foi pela pressão do governo, que forçou o banco a emprestar mais enquanto os privados se retraíam em meio à crise mundial. “Agora, queremos a liderança no crédito para pessoa física. Já ultrapassamos o Bradesco e nossa carteira chegou a R$ 101 bilhões”, diz Bendine.
O líder é o Itaú Unibanco, com R$ 107 bilhões. O BB elegeu três carteiras prioritárias no varejo: financiamento de imóveis, veículos e crédito consignado. Mesmo crescendo mais no crédito, o BB apresentou a menor taxa de calote entre os grandes bancos, com 2,7% no trimestre.
Fonte: O