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Banco de país emergente ganha mais espaço com crise financeira

1 de agosto de 2009

A crise financeira acelera a mudança de poder no sistema bancário internacional, com a tradicional dominação dos Estados Unidos, Europa e Japão sendo corroída cada vez mais por instituições de mercados emergentes, de acordo com o Deutsche Bank.

Em 1999, 24 dos 25 maiores bancos do mundo eram americanos, europeus ou japoneses. Hoje, eles representam menos de dois terços em termos de capitalização de mercado (“market capitalization”, ou valor das ações cotadas em bolsa multiplicado pelo número de ações emitidas) como indicador do tamanho relativo das instituições.

Já bancos de economias emergentes representam agora quase 30% em termos de capitalização entre os 25 maiores, comparado a zero dez anos atrás. Para o Deutsche Bank, além da crise financeira, maiores taxas de crescimento nos mercados emergentes contribuíram para reduzir a dominação dos bancos dos países desenvolvidos.

Embora cite que bancos do Brasil e da Rússia entraram “temporariamente” na lista dos 25 maiores, o banco alemão acaba por admitir que as instituições financeiras desses países vão continuar a ganhar importancia relativa mesmo quando a crise financeira tiver passando, considerando as suas perspectivas econômicas favoráveis no longo prazo.

Recente classificação feita pela revista “The Banker” confirma bancos da China dominando as três primeiras posições, seguidos de HSBC, JPMorgan Chase e Wells Fargo. Dois bancos brasileiros entram na lista: o Itaú Unibanco em 12ª posição e o Bradesco em 22ª. Também instituições do Canadá e da Austrália melhoraram de classificação.

Por sua vez, os dados do Deutsche Bank ilustram o declínio de bancos americanos e japoneses no rastro da crise financeira global. No caso das instituições dos EUA, sua parte na capitalização global entre os maiores foi cortada pela metade, para 22%, mostrando a que ponto pagam a fatura com a crise que ajudaram a provocar.

Também pelos cálculos do banco alemão, os japoneses têm hoje apenas um banco, o Mitsubishi, entre os 25 maiores, comparado a cinco ha dez anos. E sua fatia na capitalização declinou de 15% para 4% em dez anos, enquanto a fatia de emergentes crescia.

Já os bancos europeus se saem no momento melhor do que os concorrentes americanos e japoneses. Sua fatia no total da capitalização de mercado dos 25 maiores declinou “moderadamente” com a crise, de 44% para 35%, abaixo do nível de 1999.

Nota em todo caso que, apesar do declínio de 40% no valor dos bancos desde 2007, a capitalização de mercado dos 25 maiores está ligeiramente superior ao que era em 2004, com US$ 1,820 trilhão.
Fonte: Assis Moreira, de Genebra

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