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Bancários voltam ao trabalho nesta terça-feira

17 de outubro de 2011

Em assembleia realizada nesta segunda-feira, 17, às 19h, na av. Washington Luiz, 140, os bancários do setor privado aprovaram a proposta da Fenaban de  9% de reajuste salarial e em todas as verbas e R$ 1.400 de piso, ou seja 12% de aumento, PLR maior e a troca do desconto dos dias parados por compensação até 15 de dezembro de 2011. Depois serão anistiados. Portanto a greve dos bancários termina em todo o Brasil.

Fenaban
Os bancários do setor privado conseguiram reajuste salarial de 9% em todas as verbas, valorização do piso da categoria em 12%, que passa para R$ 1.400 e melhorias na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), com elevação da parcela fixa da regra básica para R$ 1.400 (reajuste de 27,2%) + 90% do salário reajustado em setembro de 2011, limitado ao valor de R$ 7.827, 29. A Parcela Adicional será de 2% sobre o lucro líquido apurado no exercício de 2011, dividido pelo número total de empregados elegíveis de acordo com as regras da convenção, em partes iguais, até o limite individual de R$ 2.800,00 (reajuste de 16,7%). Os dias não trabalhados serão compensados de segunda a sexta-feira (não em feriados), no máximo duas horas por dia até 15 de dezembro. Eventual saldo após esse período, será anistiado.

Caixa
Os empregados da Caixa Econômica Federal da Baixada Santista rejeitaram a proposta, porém irão seguir a maioria dos colegas do país que decidiram pelo fim da greve.

Na Caixa Econômica a luta dos bancários garantiu a manutenção da PLR social, que distribui linearmente 4% do lucro líquido entre todos os trabalhadores. Com isso, os empregados da Caixa receberão entre PLR adicional e social 6% do lucro do banco.

Piso – O reajuste proposto para o piso foi de 11,56%, chegando a R$ 1.826.

Dias parados
– Os dias não trabalhados não serão descontados e sim compensados de segunda a sexta-feira (não em feriados), no máximo duas horas por dia até 15 de dezembro. Eventual saldo após esse período, será anistiado.

Contratação – de cinco mil bancários até 2012

Banco do Brasil
Os funcionários do Banco do Brasil da base do Sindicato dos Bancários de Santos e Região também rejeitaram a proposta, mas irão acompanhar a maioria no país que volta a trabalhar nesta terça-feira.

A nova proposta específica inclui a valorização do piso com reflexo no plano de carreira, modelo de PLR com valores variando positivamente de 9,9% a 13,1% em relação ao 1º semestre de 2010, além de avanços nas cláusulas sociais e de saúde.

PLR – O cálculo da PLR do 1º semestre de 2011tem os mesmos critérios das distribuições anteriores: prevê distribuição anual, dividida em dois semestres distintos, de 90% do salário paradigma (A-6 para escriturário e A-6 + comissão de caixa e VRs), distribuição linear de 4% do lucro líquido, além de valor baseado na parcela fixa da PLR da categoria (Fenaban), mais o módulo bônus para os comissionados. O pagamento é feito semestralmente.

Para o primeiro semestre de 2011: os valores corresponderão a 45% do salário, mais valor fixo baseado na parcela fixa da Fenaban, distribuição linear de 4% do lucro líquido.

Portanto, a partir do lucro anualizado do banco em 2011 (R$ 12, 6 bi) um empregado que ganha o piso de R$ 1.760 (reajustado em 9%) receberá de PLR total cerca de 4,23 salários.

Piso
– O piso passa para R$1.760; com reflexo na curva do PCR (interstícios). Cada M (mérito) passa a valer R$ 97,35, representando aumento real de 2,43%. Com isso, fica mantida a estratégia de ampliar o poder de compra do trabalhador por meio da valorização do piso.

Dias parados – Os dias não trabalhados não serão descontados e sim compensados de segunda a sexta-feira (não em feriados), no máximo duas horas por dia até 15 de dezembro. Eventual saldo após esse período, será anistiado.
21 dias: a GREVE mais longa dos últimos sete anos

Perdendo somente do movimento realizado em 2004 (que durou 30 dias), a Greve de 2011 teve início em 27 de setembro, depois de quatro rodadas de infrutíferas negociações, onde a Fenaban, de forma intransigente, negou todas as reivindicações e ofereceu7,8%, o que praticamente só cobria a inflação. Os banqueiros fizeram um jogo de cena e numa 5ª negociação vieram com a proposta de 8% recusada imediatamente.

Depois disso, os banqueiros sentaram confortavelmente em seus gabinetes refrigerados e se travestiram de incompreendidos abertos à negociação para a mídia, mas não propunham absolutamente nada. Olhavam de “camarote” o suor e o desgaste dos trabalhadores, que acordavam às 5h da manhã para ir às portas dos bancos enfrentando sol, chuva e o mau humor dos clientes, para fazer uma greve forte.

Os bancários da Baixada Santista, organizados pela diretoria do Sindicato de Santos e Região, fecharam 90% das agências, fizeram passeata juntamente com funcionários dos Correios e Judiciário Federal (também em greve) pelas ruas de Santos. E por fim realizaram o enterro simbólico da presidente Dilma Rousseff, dia 14, em frente ao Itaú e a Caixa Econômica Federal, na rua General Câmara, em Santos/SP.

Porque Dilma também fez “coro” com os bilionários banqueiros e endureceu com os trabalhadores. Porém perderam a aposta, após a categoria mostrar sua força e fibra na defesa de seus direitos e realizar uma greve forte de 21 dias. Bancos e governo federal pediram para negociar pela 6ª vez, dia 13/10, e vieram com a proposta insuficiente de 8,4%. Novamente os bancários recusaram.

Depois de negociarem exaustivamente por dois dias (13 e 14) pela manhã  e a tarde só enrolaram e a noite, diante da forte greve, os banqueiros ofereceram 9% de reajuste para as verbas em geral e 12% para o piso Fenaban, aumentando também o piso do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. A greve estendeu-se até o dia 17/10/2011.

Dilma endurece com trabalhadores para favorecer bancos

Dilma tira dos trabalhadores para dar aos banqueiros

Dilma Roussef está sendo um pesadelo na vida dos trabalhadores. Ela tenta esmagar greves com retaliações. Foi assim com os funcionários dos correios, quando fez questão de derrotá-los na justiça; com os professores de instituições de ensino federais, trabalhadores do judiciário federal, da Embrapa e outras categorias sob seu alcance dizendo que aumento salarial gera inflação.

Além disso, num toque maquiavélico, disse que isto serve para desencorajar petroleiros, policiais e os demais servidores públicos federais a lançarem mão do instrumento da greve para defender seus direitos, porque o governo precisa apertar o orçamento.

Não serviram de nada ser presa e torturada pela ditadura, a presidente está se utilizando do poder com o mesmo autoritarismo peculiar de quem defende o capital, para mais uma vez massacrar os trabalhadores. Rousseff mete a mão no bolso dos trabalhadores para dar aos bilionários. Sua política econômica é claramente para favorecer os detentores do capital.

“Dilma Rousseff orientou as empresas, inclusive o BB e a Caixa, a não oferecerem aumento acima do índice da inflação, sob alegação de que aumento salarial é inflacionário, isto é um absurdo! Ao invés de defender o poder de compra dos trabalhadores e a consequente ativação da economia, Dilma prefere entregar 47% do orçamento da União, conforme  o deputado Ivan Valente (PSOL) que faz parte da CPI que fiscaliza o assunto, para pagar juros da dívida pública aos bancos.


Quando o correto é pagar dignamente quem faz o país crescer e não o contrário. Isto é uma relação promíscua da presidente com os financiadores de sua campanha eleitoral”, reage Ricardo Saraiva Big, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
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