O acordo coletivo obriga o banco a negociar com os empregados mudanças no plano de saúde.
Representantes dos funcionários ingressaram, nesta sexta-feira (27), com uma ação judicial para cancelar os reajustes no Saúde Caixa, anunciados pela Caixa Econômica Federal. Em comunicado enviado aos trabalhadores no final da tarde desta quinta, o banco informou que, em 1º de fevereiro, o valor das mensalidades passará de 2% para 3,46% da remuneração base, que o percentual de coparticipação subirá de 20% para 30% e que o limite de coparticipação anual passará de R$ 2.400 para R$ 4.209,05.
A decisão foi tomada sem qualquer debate com a categoria. É assim que essa gestão liderada por Gilberto Occhi tem agido. Trata-se também de um desrespeito ao acordo coletivo e a todas as instâncias de negociação, como a CEE/Caixa, o GT Saúde Caixa e o Conselho de Usuários do nosso plano de saúde. É uma arbitrariedade, contra a qual as entidades e os trabalhadores não vão se calar. Recorrer à Justiça foi apenas o primeiro passo.
O acordo coletivo obriga o banco a negociar com os empregados mudanças no plano de saúde. Os empregados, que têm pago mais que os 30% do custeio, querem melhorias. Além de querer economizar com a redução do quadro de bancários, com descomissionamentos e fechamento de agências, a Caixa quer agora cortar do Saúde Caixa.
Diferentemente do que a direção do banco afirma, as projeções atuariais indicam que pelo menos os exercícios de 2017 e 2018 do Saúde Caixa serão superavitários. Na reunião do Conselho de Usuários desta quinta-feira (26), o assunto reajuste sequer foi tratado. O relatório financeiro de 2016, apresentado neste mesmo encontro, apontam superávit da ordem de R$ 66 milhões. No acumulado dos exercícios anteriores, são quase R$ 700 milhões.
Crédito: Fernando Diegues
Fonte: Fenae com Contraf