Manutenção de direitos, aumento acima da inflação no VA/VR e teto da PLR, além de inclusão de novas cláusulas sobre teletrabalho, combate ao assédio sexual e moral são algumas das conquistas da Campanha Nacional dos Bancários. Assembleia presencial, nesta quarta-feira, 19h, na Av. Washington Luiz, 140, Santos/SP
Após dois meses e meio de duras negociações, o Comando Nacional dos Bancários pressionou a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e obteve uma proposta para 2022 e 2023.
Proposta 2022:
1- Reajuste de 8% nos salários;
2 – Aumento de 10% nos vales alimentação (VA) e refeição (VR);
3 – Adicional único de R$ 1.000,00 em vale alimentação, a ser creditado até outubro de 2022, uma única vez;
4 – Reajuste de 13% para a parcela adicional da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) neste ano.
Para 2023:
Aumento acima da inflação de 0,5% (INPC + 0,5%) para salários, PLR, VA/VR e demais cláusulas econômicas.
O Comando Nacional dos Bancários ressalta a importância de um acordo num momento de conjuntura adversa, com um governo que promove e incentiva ataques aos trabalhadores. A proposta concede aumento acima da inflação para os vales alimentação e refeição, um dos anseios que a categoria demonstrou na Consulta Nacional dos Bancários. Pela primeira vez, está incluida cláusula que permite aos sindicatos acompanharem a cobrança de metas.
Tabela PLR Itaú, Bradesco e Santander
fonte: Contraf
Teletrabalho
1- Além da ajuda de custo, os bancos concordaram com a reivindicação de controle de jornada para todos os trabalhadores; com o fornecimento e manutenção de equipamentos;
2- Direito à desconexão para que gestores não demandem os trabalhadores fora do horário de expediente;
3- Manutenção dos direitos da CCT aos trabalhadores que realizem suas funções fora das dependências do banco;
4- Prevenção e precauções com a saúde dos trabalhadores;
5- Criação de canal específico para que os trabalhadores em teletrabalho tirem suas dúvidas;
6- Os trabalhadores com filhos de até quatro anos, ou com deficiência terão prioridade para o teletrabalho e as bancárias vítimas de violência doméstica poderão escolher se preferem trabalhar em domicílio, ou nas dependências do banco;
7- Os bancos facilitarão a realização de campanhas de sindicalização e o contato com os trabalhadores em teletrabalho;
8- Será criado um grupo de trabalho (GT) bipartite para acompanhar o cumprimento da cláusula.
Assédio sexual
A nova cláusula sobre assédio sexual fará repúdio à esta prática nos bancos e os gestores e empregados passarão por treinamento para prevenção e esclarecimento sobre medidas cabíveis pelos bancos. Também está em debate a participação das entidades sindicais no canal de denúncias a ser criado, assim como o acompanhamento dos casos pela comissão bipartite de diversidade que já existe.
Assédio moral e cobrança de metas
O tema será pautado na primeira reunião de negociação de 2023 dos bancos que têm comissões de empresa. Os bancos que não têm comissão de empresa devem realizar reunião específica com a representação dos trabalhadores para tratar do tema, a pedido do sindicato.
Complementação do auxílio doença
Com relação ao auxílio doença previsto na cláusula 29 da CCT, os bancos queriam estabelecer que somente teria direito ao auxílio o empregado que tivesse retornado ao trabalho e trabalhado ininterruptamente pelo período mínimo de 6 meses após o recebimento da última complementação. Após reivindicação do Comando, os bancos retiraram a proposta.
Segurança bancária
Criação de um Grupo de Trabalho Bipartite Específico para avaliar os dados estatísticos relativos à segurança bancária, bem como a possibilidade de acordo acerca da adoção de dispositivos de segurança, além dos obrigatoriamente previstos no artigo 20, da Lei n° 7.102/1983. O GT também avaliará dados estatísticos relativos à segurança bancária das unidades de negócios.
Fonte: Contraf
Fonte: Contraf