Pedro Guimarães disse que além de abrir mais cedo, as unidades em todo o país funcionarão até que o último cliente seja atendido
Entidades representativas dos trabalhadores da Caixa receberam com indignação a declaração do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, de que as agências do banco continuarão abrindo às 8h e funcionarão até que o último cliente seja atendido.
Pedro Guimarães acha que acabou a legislação trabalhista: mandou os bancários e bancárias das agências chegarem as 6h da manhã e diz que só vão sair após atender o último cliente, ou seja, à noite.
A postura visa corrigir erros cometidos pela direção da Caixa e pelo governo, como concentrar o atendimento no banco, falhas no funcionamento do APP e na Central 111. Desde o início o movimento sindical fala que tem que descentralizar para prefeituras e outros bancos. Também tem que chamar os aprovados nos últimos concursos já que o Temer e o Bolsonaro diminuíram o quadro de funcionários nos PDVs (Planos de Demissões Voluntárias).
Nos últimos cinco anos, 15 mil funcionários deixaram o banco. Apesar dessa redução significativa do quadro de pessoal, os empregados da Caixa estão se empenhando para fazer o seu trabalho e atender os mais de 50 milhões de brasileiros habilitados para receber o auxílio emergencial.
Os empregados da Caixa estão fazendo trabalho heroico, se desdobrando para atender a população como merece, reforçando o papel principal do Banco, que é ser uma empresa pública. Já a direção da Caixa não tem adotado as medidas necessárias para evitar essas filas gigantescas e aglomerações, e o governo tem colaborado e muito para a agravar a situação.
Se as reivindicações do movimento sindical de uma campanha intensa de esclarecimento fossem disponibilizadas com mais eficiência, os problemas que os empregados da Caixa enfrentam hoje seriam menores. Ao invés de buscar soluções definitivas como descentralizar o atendimento, ampliar os investimentos em TI e contratar mais empregados, a direção do banco está sobrecarregando os trabalhadores e aumentando o risco de contágio do Covid-19.
Fonte: Fenae