O governo retirou direitos com a Reforma Trabalhista, diminue o valor e dificulta a aposentadoria com a Reforma da Previdência e agora pretende enxugar o quadro de empregados da Caixa, para sucatear e privatizar a única instituição bancária totalmente pública do país. A mobilização deve ser geral!
A diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos e Região entregou, nesta quarta-feira (4/9), carta aberta e conversou com os empregados na Superintendência Regional da Caixa Econômica Federal, em Santos/SP, contra a privatização dos bancos públicos e precarização do ambiente de trabalho. A ação fez parte do Dia Nacional de Luta e Reflexão contra o desmonte da Caixa.
“Com o objetivo claro de privatizar banco, Pedro Guimarães (presidente da Caixa), que participou dos processos de privatização do Banespa, Banerj e Banestado impõe uma reestruturação”, diz Larissa Cunha, dirigente sindical e empregada da Caixa.
O governo federal e o Congresso retiraram direitos com a Reforma Trabalhista, diminuíram o valor e dificultam a aposentadoria dos trabalhadores com a Reforma da Previdência e agora pretende enxugar o quadro de empregados da Caixa, para sucatear e privatizar a única instituição bancária totalmente pública do país. O Brasil, os clientes, usuários e a população serão os mais afetados.
O papel do banco para o povo e os trabalhadores é vital. A Caixa patrocina o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES), repassa recursos das loterias para projetos sociais, esportes, seguridade social, educação, cultura e segurança penitenciária.
Centraliza operações como o FGTS, PIS e Habitação Popular. É agente pagador do Bolsa Família e Seguro-desemprego. Financia obras públicas voltadas para o saneamento básico.
“Os BANCOS PÚBLICOS são essenciais porque há atividades e setores econômicos que os bancos como Itaú, Bradesco e Santander não têm interesse em participar. Assim, o Banco do Brasil e a Caixa são necessários para viabilizar políticas econômicas e sociais em áreas como habitação, saneamento, infraestrutura, educação, esporte, cultura e agricultura. Por isso, essas instituições tornam-se imprescindíveis para o desenvolvimento do país e para aumentar o bem-estar social da população”, explica Eneida Koury, presidente do Sindicato.
Caixa precariza ambiente de trabalho
Reestruturação e Precarização do Trabalho – Com o enxugamento das áreas-meio e transferência para agências, as demandas vão ser redistribuídas entre os empregados que permanecerem.
Novos Modelos de Trabalho – Empregados poderão trabalhar em unidades da Caixa diferentes de sua lotação administrativa, através de agendamento de estação de trabalho ou, ainda, trabalhar fora do ambiente Caixa, em casa por exemplo (home office). Todos os eventuais custos adicionais decorrentes da prestação de serviços nestas modalidades como, por exemplo, despesas de deslocamento, correrão por conta do empregado.
Trabalho remoto – A adesão ao trabalho remoto tira o trabalhador da estrutura física da empresa e transfere ao empregado a responsabilidade pelas condições de trabalho. A caracterização de acidentes de trabalho fica prejudicada e a responsabilidade pela prevenção de doenças ocupacionais, que deve ser da empresa, é transferida ao trabalhador. Os custos de estrutura também são repassados ao trabalhador, sem previsão de qualquer reembolso, conforme determina a norma no item 3.2.1.2. A jornada de trabalho também deixa de existir, já que o empregado passa a ser obrigado a cumprir o Acordo de Demanda com a chefia.
>> Cadastre-se no whatsapp do Sindicato: clique aqui (pelo celular) e informe banco onde trabalha e seu nome.
Fonte: Comunicação do SEEB de Santos e Região
Escrito por: Gustavo Mesquita