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Bancários paralisam Caixa no centro de Santos nesta quinta, 11

11 de setembro de 2014

O movimento sindical e os bancários da Caixa Econômica Federal de todo o País fazem a 1ª paralisação da Campanha Salarial Nacional de 2014. A mobilização retarda nesta quinta-feira, 11/9, por duas horas várias agências no Brasil. A diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos e Região paralisa o atendimento na unidade da Caixa no Centro de Santos, das 10h às 12h, com faixas, concentração de trabalhadores, cartazes e carro de som.
 
“Este foi o primeiro alerta da categoria aos banqueiros que estão enrolando e dizendo não a quase tudo que estamos reivindicando, inclusive nos bancos públicos. Eles estão empurrando os bancários para a greve, mesmo tendo lucros recordes explorando a população e demitindo trabalhadores”, relata Ricardo Saraiva Big, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
 
A Caixa, por exemplo, nega as reivindicações históricas de isonomia salarial e de direitos entre os empregados, mais contratações e o fim das metas, por exemplo. Este ano a luta dos Bancários também é contra a terceirização que os banqueiros, grandes empresários e os governos tentam impor a todos os trabalhadores brasileiros.
 
”A Terceirização retira direitos, amplia a jornada de trabalho, provoca demissão em massa, diminui salários, aumenta os acidentes de trabalho e oferecem serviços precarizados a toda a população. É só olhar para os serviços prestados pela empresas de telefonia, de tvs a cabo, energia, construção civil e outros.  Precisamos barrar os projetos de leis (PLs) 4330/04 e 7892/14, na Câmara Federal, e o PLS 87, no Senado, que prevêem a terceirização de todas as atividades do País. O capital tem buscado outros caminhos para permitir a precarização total e conseguiu pautar a questão denominada Repercussão Geral para que o Supremo Tribunal Federal julgue, mas seguimos lutando para impedir a retirada de direitos”, afirma Big.
 
Fenaban enrola e nega as reivindicações
 
O Comando Nacional dos Bancários realiza nesta quinta-feira, 11, em São Paulo, o segundo dia da quarta rodada de negociação da Campanha Nacional 2014 com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para discutir as reivindicações econômicas, que inclui reajuste de 12,5% e PLR de três salários mais valor fixo de R$ 6.247.

Nas três primeiras rodadas de negociação, os bancos praticamente disseram não para quase todas as reivindicações da categoria aprovadas na 16ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada de 25 a 27 de julho em São Paulo.

A primeira rodada, nos dias 19 e 20 e agosto, tratou de saúde e condições de trabalho, mas os banqueiros frustaram as negociações. A segunda foi realizada nos dias 27 e 28 de agosto, sobre segurança bancária e igualdade de oportunidades, onde mais uma vez apareceu o descaso dos bancos com a vida ds trabalhadores. E, em 3 e 4/9, no terceiro encontro o Comando discutiu com a Fenaban os temas emprego e remuneração, também sem avanços por causa dos banqueiros.

Os seis maiores bancos (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e HSBC) apresentaram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre de 2014, que superará os R$ 56,7 bilhões do ano passado inteiro. “Eles têm a maior rentabilidade do sistema financeiro do mundo, mas demitem em massa e arrocham o salário dos bancários com o mecanismo perverso de rotatividade, apesar do lucro gigantesco”, informa Big, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.

Concentração de renda

No Itaú, cada membro do Conselho de Administração recebeu, em média, R$ 15, 5 milhões em 2013, o que representa 318,5 vezes o que ganhou o bancário que recebe o piso salarial. No Santander, cada diretor embolsou, em média, R$ 7,7 milhões no mesmo período, o que significa 158,2 vezes o salário do caixa. E no Bradesco, que pagou, em média, R$ 13 milhões no ano para cada diretor, a diferença para o salário do caixa foi de 270 vezes.

Dessa forma, para ganhar a remuneração mensal de um desses executivos, o caixa do Itaú tem que trabalhar 26,5 anos, o caixa do Santander 13 anos e o do Bradesco 22,5 anos.

Principais reivindicações econômicas

Reajuste salarial de 12,5%; PLR: três salários mais parcela adicional de R$ 6.247; 14º salário; vales alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional); gratificação de caixa: R$ 1.042,74; gratificação de função: 70% do salário do cargo efetivo; vale-cultura: R$ 112,50 para todos.

Fonte: Imprensa SEEB Santos e Região

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