Foi encaminhada recentemente para a direção do HSBC a reivindicação de não desconto dos programas próprios de remuneração variável do pagamento da segunda parcela da PLR dos funcionários.
Veja como a farsa do PPR/PSV funciona em todo o país:
O banco vem exigindo dos funcionários metas abusivas, incentivando o cumprimento pela remuneração via PPR e PSV. O HSBC pela convenção coletiva é obrigado a pagar a PLR, mas de forma descarada desconta do valor obrigatório da remuneração de seus programas específicos. Assim, por exemplo, se é devido ao funcionário R$ 5.500 de PPR/PSV, e R$ 5.500 de PLR, o bancário recebe apenas R$ 5.500 da PLR.
A formulação certa seria que o bancário receberia a somatória de todos os programas. Nunca fica claro aos funcionários a regra aplicada. Os trabalhadores tem se sacrificado todos os meses para cumprir as metas e, quando chega o momento de ganhar, não há nada o que receber.
Queremos que os bancários sejam valorizados em seu trabalho pelo cumprimento das metas.
Aos clientes, resta o atendimento precário, feito por funcionários desvalorizados, insatisfeitos e sobrecarregados, e o pagamento de tarifas que atingem valores cada vez mais altos, incomparáveis com outros lugares do mundo.
CDP
Outro problema presente é em relação ao CDP, sistema de avaliação individual anual dos bancários, que não é feito de forma séria e acaba pesando mais o atingimento das metas.
Um dos elementos da avaliação é a quantidade de contas correntes abertas pelos bancários. Por exemplo, o banco estabelece como meta a abertura de 40 contas, o bancário consegue 70, mas o banco não aprova o limite de 50, a culpa por não bater a meta recai sobre o bancário, que tem uma má avaliação.
O movimento sindical vêm recebendo denúncias de que os gestores ao final são obrigados a rebaixar notas do CDP, mesmo que o trabalhador tenha tido excelente performance para enquadrar todos na curva.
Em todo o país, há um sentimento de desmotivação e indignação por parte dos funcionários do HSBC. Este clima é comprovado pelo fato de que nos últimos meses o número de pedidos de demissões terem sido maiores do que os de dispensas sem justa causa.
Fonte: Contraf