Representantes dos trabalhadores enviaram na manhã de ontem (05/12), carta ao presidente do Santander Brasil, Marcial Portela, solicitando “a marcação de nova reunião, dentro da maior brevidade possível, para discutirmos a reintegração dos funcionários desligados, a manutenção dos empregos, a melhoria das condições de trabalho e medidas que ampliem o crédito e estimulem o crescimento econômico do país, como contrapartida social pelos excelentes resultados aqui obtidos”.
O ofício denuncia as demissões em massa no banco “que atingiram principalmente funcionários com mais de 10 anos de casa, muitos oriundos de bancos adquiridos (Banespa, Real, Meridional, Noroeste), perto da aposentadoria e até pessoas com deficiência. Dispensas que acontecem em pleno final de ano, às vésperas do Natal”.
“Além de cruel e desrespeitosa, essa forma unilateral de tomar decisões, que afetam a vida dos empregados e suas famílias, contraria o compromisso assumido por Vossa Senhoria, durante reunião, ocorrida no último dia 13 de junho”, lembra o documento.
Na ocasião, Portela “expressou a disposição de continuar dialogando com o movimento sindical sempre que necessário. Mas não foi isso que aconteceu. Consideramos que a dispensa coletiva de funcionários, principais responsáveis pelos lucros bilionários do banco no Brasil, é assunto que exige diálogo, transparência e negociação com as entidades sindicais”, aponta a carta.
Cabe registrar que o Santander não está demitindo na Espanha onde há crise, nem em outros países da América Latina. Por que dispensa trabalhadores brasileiros que produzem 26% do lucro mundial do banco? Nenhum outro país gera tão grande resultado para o banco do que o Brasil.
Fonte: Contraf