Bancários de Santos e Região iniciaram entrega de informativo sobre a prejudicial Reforma da Previdência. À tarde e noite participam de Ato Contra a Reforma da Previdência em São Paulo
A diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos e Região iniciou distribuição de jornal, na manhã de hoje, dia 22/3, Dia de Mobilização Contra a Reforma da Previdência, nas agências Bancárias da Baixada Santista. A partir das 15h, a categoria vai para São Paulo engrossar o Ato marcado na Av. Paulista, no vão do Museu Arte de São Paulo (MASP), às 18h.
No MASP, em conjunto com a Intersindical Central da Classe Trabalhadora, o movimento Povo Sem Medo, as demais centrais sindicais, movimentos políticos/sociais, partidos políticos e o povo em geral farão um grande ato contra a Reforma da Previdência pretendida pelo Governo Federal. De acordo com Eneida Koury, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, a Reforma retira os direitos da Constituição e entrega a Previdência Social aos banqueiros.
“O governo propõe que os bancos e fundos privados passem a controlar o dinheiro da previdência. O direito do povo passa a ser fonte de lucros para os banqueiros. Seria uma espécie de privatização, sem o banqueiro pagar nada por isso. Além dos bancos abocanharem o dinheiro do PIS/Pasep e ainda cobrar taxa de administração da população”, diz Eneida.
Reforma é cruel com os mais pobres
Esta Reforma prejudica sobretudo os mais pobres, que vicem de bico, os informais, o trabalhador rural. Muita gente não consegue manter um emprego com registro e fica sem contribuir. Atualmente, essas pessoas se aposentam aos 65 anos, com um salário mínimo se conseguirem comprovar 15 anos de contribuição.
O governo quer elevar de 15 para 20 anos o tempo mínimo de contribuição. Serão milhões de pessoas pobres que não vão mais conseguir a aposentadoria. Nem mesmo depois de completar os 65 anos de idade.
Déficit é fake
O governo mente ao dizer que a Previdência tem déficit. É preciso cobrar as empresas devedoras:
· R$ 194,9 bilhões de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e PIS;
· R$ 307,7 bilhões da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins);
· R$ 432,9 bilhões de dívidas de empresas à Previdências Social;
· O governo federal retirou da Previdência, entre 2000/2015, quase R$ 1,5 trilhão para, entre outras coisas pagar juros aos bancos. Isso retira dinheiro do SUS, hospitais públicos e medicamentos da população.
· Agora, Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes querem retirar a aposentadoria dos trabalhadores para entregar aos bancos. Para isso, defende a capitalização bancária individual, que não garante o futuro de ninguém. Os pagamentos podem, em 80% dos casos, serem menor que um salário mínimo. No Chile esse mesmo sistema – implantado por Guedes e outros economistas lá – está levando os idosos ao suicídio, por não aguentarem mais viver na miséria total!
A Reforma é ainda pior do que parece
“O Governo propõe retirar da Constituição o direito à previdência e assistência social. Com isso, todas as regras podem ser mudadas a qualquer momento, sem necessitar de 2/3 de votos no Congresso. Assim, pode até recuar agora das medidas mais impopulares pra facilitar a aprovação da PEC. Mas na sequência apresenta Lei Complementar elevando idade e tempo de contribuição, além de reduzir o valor das aposentadorias e todos os benefícios previdenciários.
Com a desconstitucionalização da previdência, todas as regras ficam transitórias, temporárias, com permanente insegurança para a população e a economia do país”, ressalta Ricardo Saraiva Big, secretário de Relações Internacionais da Intersindical e secretário geral do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Fonte: Comunicação do SEEB de Santos e Região
Escrito por: Gustavo Mesquita com Intersindical